Enquanto a canção desenvolve sua estrutura fluida, firme e pulsante, existe, como uma espécie de cama harmônica, a ideia de um aroma entorpecente pairando livremente pelo ar e capturando o senso de lucidez do espectador. Cada vez mais hipnótica, é interessante perceber que, através da interpretação lírica assumida por Gina Zo e seu timbre grave, a obra ainda consegue transpirar um aspecto sensual provocante.
Se transformando em um título de superfície pop dançante assim que escorrega para o refrão, Dirty Habits se torna cativante em meio a uma paisagem estrutural completamente radiofônica. Ainda que não soe de maneira demasiadamente apelativa, a obra tem o entretenimento como seu mote sonoro, mas a reflexão no que tange seu enredo lírico, provando um perfeito balanceamento entre o mesquinho e o maduro.