Seu início vem com uma atmosfera sombria inebriante. A tensão, o medo e a insegurança são sentimentos que, rapidamente, tomam conta do ouvinte assim que o baixo, como um animal selvagem irrequieto, caminha na espreita, enquanto balbucia rugidos que rompem o silêncio avassalador. Surpreendentemente, o que a canção chega a oferecer à audiência através de seu primeiro verso é uma maciez entorpecente regida por uma bateria de levada 4×4 e uma cantora de voz amaciada e delicada, mas de interpretação intimista e fria. Trazendo uma movimentação lírica capaz de oferecer uma igualdade estética para com a melodia de The Pretender, single do Foo Fighters, Panic Attack se torna marcante pelo seu refrão contagiante em uma atmosfera punk embrionária e seu toque soturno impregnante.
A guitarra elétrica, com seu riff levemente áspero, na companhia de um beat levemente acelerado, mas sincopado, puxa o começo da nova música. De enredo interpretado com uma sensualidade impensada, a canção já vai se mostrando um produto criado sob uma estrutura capaz de atender aos interesses radiofônicos e, também, mainstreans. Mouth Shut explora texturas e harmonias através da união vocal entre cantora e backing vocal, além de trazer uma singular familiaridade estética com o estilo de composição de K.Flay. No mais, a obra é abraçada por um solo pop punkeado a ponto de ilustrar influências, também, do Paramore.
Hipnótica e misturando, desde o início, ligeiras noções de boogie woogie através do teclado de notas sincopadas em sua silhueta punkeada, You Killed It traz, por meio das linhas do baixo, uma estridência capaz de inserir, também, o stoner rock como mais um ingrediente em sua receita melódica. Curiosamente, porém, a faixa possui uma base pop promovida pela levada da bateria de forma a fazê-la atraente, de fácil digestão, mas também no agrado das massas, por mais que seja uma música melodicamente ampla.
Macia, perigosa, swingada e nitidamente sensual através do riff e da movimentação melódica adotada pela guitarra, Fight é uma canção que já mostra, como um toque marcante, sua essência suja. Assim como You Killed It, a presente obra repete a fórmula de misturar a base pop em meio ao vigor e anti-higiene do punk. Ainda assim, o pré-refrão presenteia o ouvinte com uma harmonia vocal quase transcendental e um refrão atraentemente potente graças aos repetidos golpes do bumbo inserindo pressão na camada rítmica.
Who Gives A Rock vem como um material que comprova a boa escolha do Dirty Honey em adotar o Baby Said como o duo a abrir seus shows durante sua turnê pelo Reino Unido. Afinal, a banda consegue fundir o comercial com o viril, o sujo e o estridente do punk junto com uma sensualidade que amplifica seu caráter contagioso.
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