O piano surge em cena por meio de notas pausadas e espaçadas. Tal estética confere à paisagem melódica generosos sinais de dramaticidade e, inclusive, melancolia. Delicada em sua máxima essência, a canção tem, na voz grave e na interpretação visceral do vocalista, o fator que dá ao enredo a mais profunda emoção.
No horizonte, o céu se encontra cinza, trazendo um reforço àquele senso melancólico observado nos momentos iniciais. Ainda assim, existem brechas que deixam a luz natural invadir o cenário, fazendo com que jatos de esperança sejam despejados no ecossistema de forma a contagiar o espectador. Minimalista, Walls é uma canção intensa que permite que as lágrimas escorram livremente pelo seio da face daqueles mais suscitados à sensibilidade.