The Perics: novo álbum “Songs to Clean the House to” é batizado pelos anos 90

Há praticamente um ano, a dupla The Perics lançou o seu primeiro álbum completo “Troubadours of Lackland” (2022). Novamente, os conterrâneos dos Quatro Garotos de Liverpool, The Beatles, chegam com o seu mais recente lançamento “Songs to Clean the House To” (2023). Este novo full – length é composto por onze canções e a sua duração fica em torno de 35 minutos. Ou seja, são músicas curtas, livres de qualquer complexidade, cheias de melodia e, como não poderia deixar de ser, têm um pouco de influência dos Beatles. Mas, embora essa referência esteja presente, “Songs to Clean the House to” é um álbum de Rock and Roll, que beira o clima dos anos noventa e comecinho dos anos 2000. Algumas comparações nesta resenha podem até ser irrelevantes, mas é porque a injeção de influências nessas músicas é tão grande que se torna inevitável. Então, vamos lá!

Se você é um grande apreciador de estilos como o Punk, Pop e Indie Rock, aqui está um bom disco para conferir e amar. O álbum abre com a cativante “Things Look Pretty Good”, que tem uma pegada meio Blink 182, mas com certa limpidez nos riffs. No entanto, sempre com clima festivo. Uma típica música de seriado de escola do segundo grau, que acostumamos assistir na Sessão da Tarde. A seguinte, “Circles”, não quebra esta atmosfera e, se, você ouvi-la sem muita pretensão, passará despercebido o final da música anterior para entrar nesta, de tanta semelhança entre as nuances sonoras. Em contrapartida, essa impressão você não terá em “Deadbeat Dad”, que é mais solta. Aqui está tudo perfeito, assim como é em todas as outras músicas do álbum, claro! Mas eu tenho que chamar a sua atenção para a bateria, que emite a execução de um andamento cadenciado muito bem encaixado e instigante. Mais adiante, a quarta música que se chama “Time” é a minha preferida do play. Lembra que eu falei sobre as influências dos Beatles? Aqui é uma das faixas que remota a isso, principalmente em seu refrão que puxa muito pelo estilo de John Lennon e Paul McCartney quando cantavam juntos. Mesmo assim, isso não é o atrativo mais importante da canção, pois aqui o solo também se destaca de maneira sensacional e é executado de forma mais agressiva. Depois disso, vem a única baladinha do álbum, “Come With Me”, e com ela um pouco mais do talento do guitarrista para solar. Isso não poderia mesmo faltar nesse tipo de música. De certa forma, esta canção também exemplifica o poder de criação da dupla Matt Warren e Gee Nelson para compor lindas melodias. Na sequência, o clima tranquilo é quebrado por “Mary Celeste”, que chega com toda empolgação. Nesta canção, o Indie Rock está mais presente com uma estrutura típica de banda de garagem. Prato cheio para a molecada da última geração de rockeiros que adora o ecletismo. Sob o mesmo ponto de vista, o Rock and Roll nunca esteve tão representado quanto está agora nas mãos desses dois músicos. A exemplo disso, temos este álbum que não limita fronteiras para inserir todas as técnicas possíveis do gênero.

A track list continua com “Napoleon Complex”, com o cantor Roderiko Pop fazendo participação. A canção tem uma boa vibe, é divertida e nos chama para cantar o seu refrão em coro. Para ser sincero, tudo neste disco é bem chamativo, sua harmonia, melodia e sem esquecer os refrãos grudentos, que não saem mais da cabeça. Na sequência, “Stop the World” – que foi uma das músicas que saíram como single -, contribui para a sessão Rocker do álbum, com uma pegada sutil de Punk Rock. Já a ‘groovy’ “Baga Dude”, que também saiu como single, você pode conferi-la pelo YouTube em um videoclipe muito legal, lançado há poucos dias e dirigido por Marijke Schouten. O ritmo da música é empolgante e funciona muito bem para animar grandes plateias. Uma das canções mais distintas do repertório é “I Said Gooby”, que tem o Ska como riff principal, deixando a canção muito acessível à rádio difusão. Seguindo em frente, para quem gosta de música dos anos noventa, vai curtir “You’re Gone”, que tem algo parecido de Nirvana e Oasis em sua melodia tanto vocal como instrumental. E é neste clima que “Songs to Clean the House To” termina. Em resumo, este é um álbum indispensável à juventude de hoje que se amarra em bom gosto musical e coisas que realmente agregam à cultura. Lembrando que este é um lançamento feito pela Animal Records e, além de Roderiko Pop, outra participação foi registrada, que foi a de Brent Newbold em “Come With Me”.

Para você conferir o excelente álbum “Songs to Clean the House To”, clique no link do Spotify abaixo:

Para você encontrar o The Perics pela internet, segue abaixo links de seus canais oficiais.

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