The New Citizen Kane lança o hipnotizante álbum “The Tales of Morpheus”

Residindo na Inglaterra, Kane Michael Luke retorna de um hiato de muitos anos. Seu último álbum, “It’s Not Science… It’s a Feeling” de 2014, já trazia o cantor, DJ e produtor como um artista versátil e inovador. Atualmente, a sua arte é guiada por mais inovações e fomentação de tendências no mundo da música eletrônica. Luke, que atende pelo nome de The New Citizen Kane apresenta o seu novo álbum “The Tales of Morpheus” que traz, além de muita qualidade sonora, um novo horizonte para a dance music em suas vinte e uma faixas. Nesse texto, destrincharemos cada uma delas para tentarmos medir o seu talento.

O álbum completo se inicia com a música “Morpheus In The Club”, faixa que faz clara reverência ao título do disco. Primeiramente, é nítida a qualidade de produção com vocalizações modernas e timbragens límpidas. A música seguinte “Killer Charisma”, revela um pouco mais de melodia e, conforme o seu tema, esbanja carisma. Em um estilo mais radiofônico, a música é cativante pelo groove que traz um bom riff de sintetizador. Para fechar a primeira trinca desse lançamento, “Heartburn” vem na sequência com um estilo mais clássico de discoteca, embora alguns climas não deixem escapar características sofisticadas do DJ.

Em “Disco Love”, The New Citizen Kane explora mais os trejeitos clássicos com essa música que pode fazer frente a qualquer composição do grupo Jamiroquai. No entanto, o lado jazz de Kane é bem mais orgânico e carimbado. A seguir, para completar o time de músicas acessíveis chega “Stupid Blue” com uma aura leve e instigante. Com batidas leves e uma bela performance vocal, a música chega a escorrer em nossos ouvidos. Adiante, o peso eletrônico de “Electric Nights – Biorhythm Mix” toma forma na relação com poder e personalidade. Essa música exempla bem o lado criativo e sofisticado do artista.

A sétima execução do álbum se chama “Gotta Secret – Electro Bounce Album Mix”. Além do nome extenso, essa também é a música de maior duração do álbum. Sua versão em videoclipe – aliás, outras músicas de “The Tales of Morpheus” possuem versões em videoclipes –, é tão animada quanto a própria canção. Essa empolgação cresce na medida em que os minutos de “Lump In Your Throat” passam, formando uma dobradinha de alto-astral e movimentos. Apesar de toda empolgação, pessoalmente considero “North American Philosopher” como a música mais chamativa. Seja pela mensagem dissertativa ou instrumental pesada, essa canção arrasa.

Na sequência, “Morpheus Interlude” invade a sua audição de forma intimista. A segunda canção que traz referências ao título do disco, vai buscar em seu íntimo ótimas condições para propagar a sua energia introspectiva que, aliás, contrasta ao perfil do disco. Introspecção que não se repete em “Could Have Been” que, embora assuma um lado de balada, consegue laçar a sua atenção com boas batidas. Por isso que The New Citizen Kane é tão versátil, ele simplesmente consegue mudar o humor de suas músicas convenientemente. Em “Forget The World”, por exemplo, a energia se estende para mais longe.

Um detalhe a ser dito é que Kane gravou esse álbum em seu próprio estúdio caseiro. A inspiração, no entanto, veio de seu íntimo como forma de fazer terapia aos problemas de ansiedade. Isso gerou uma autodescoberta que, por conseguinte, fez surgir músicas como “Endless Summer – Ride The New Wave ReWork” que faz paradoxo a tudo que o acelerava. Se houve sentimento, desejo de vitória e amor em suas composições, músicas como “Overdrawn” revelam seu troféu. Sabemos que tudo que é feito com amor e dedicação se transforma em arte. “Meet Me On Street Corners” é outro exemplo desse resultado.

Se você observar, perceberá que “The Tales of Morpheus” é um álbum cheio de cores e movimentos. É como se as músicas interagissem conosco segurando em nossas mãos e bailando em uma aquarela. “Buy Me A Ticket” é uma das que passam essa sensação. Para os brasileiros, em especial, o cantor compôs “Contra Botafogos” que, entre outras coisas, fala de Rio de Janeiro e Caipirinha. Quanto privilégio nosso, hein? Na sequência, “Was A Light – Ethereal Version” resgata o setor melancólico do artista, mas com uma bela dose de carisma nas ornamentações sonoras. A voz grave combina perfeitamente com a estética das batidas.

A última trinca do álbum se inicia com “Alchemy”, uma das músicas mais legais do disco e que, se você quiser, pode conferir também uma versão dela em videoclipe. “Adonis & Aphrodite” vem na sequência e confirma a autossofisticação do artista. O último momento de “The Tales of Morpheus” se completa com “Morpheus (Made Of Dreams)”, uma canção que faz te embarcar em um sonho de fantasia, carregando consigo muita emoção. Para resumir esse trabalho, The New Citizen Kane conseguiu escrever uma obra-prima, um álbum que te faz refletir sobre diversas coisas, além de abrilhantar a imaginação e respeitar a sua audição. Eis aqui mais um feito para registro da história da música agregadora.

Ouça “The Tales of Morpheus” pelo Spotify:

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