The Daytime High debuta com álbum autointitulado e canções superversáteis

Com proposta sonora de abordar um tipo clássico de rock, os californianos do The Daytime High, chegam ao seu primeiro álbum, autointitulado. Antes disso, a banda soltou singles que já traziam uma proposta avançada da intenção desses norte-americanos. Com dez faixas, o disco começa com “Every Single Day” que é uma amostra de som feliz com uma cara de garagem. Sim, o The Daytime High, para além dos seus objetivos, é uma banda alternativa que possui melodia no lugar da agressividade. Além disso, seus temas são bastante existencialistas, o que permite ao ouvinte escutar reflexões no lugar de fantasias.

O álbum completo, que é um lançamento de Wernicke Records, segue com a música “Waterfall” que, diferente de sua antecessora, traz uma pegada mais forte. Com incursões pelo punk rock, essa canção tem uma arrancada que prima pela velocidade, mas também apresenta bela melodia. Em um de seus destaques, o refrão surge como condutor de grande energia e poder. Dessa forma, a canção esbanja mais personalidade mesmo apresentando poucas notas nos acordes e solos introspectivos. Ao melhor estilo grunge, esta música pode despertar até mesmo nostalgia aos ouvintes mais clássicos do rock. No entanto, não deixa de ser uma execução sofisticada.

Ao mirar e acertar no público, cuja faixa etária está expressa na fase pós-MTV, o The Daytime High consegue atrair para a sua audiência mais de uma geração. Com pegadas empolgantes e doses melódicas consideráveis, como em “Never Good Enough”, a banda se certifica de que encontrou o seu lugar ao sol. Esta música, inclusive, é notável por sua estrutura suave, onde o clima de balada impera. Aliás, este clima também traz sensibilidade nas linhas vocais, cuja entonação profere sentimentos divergentes como ternura, tormento, paz e conflito. O título já entrega o tema que é perfeitamente performado em grande virtuose.

Como se fosse um álbum para tocar em rádios, cada música deste autointitulado são acessíveis a qualquer audição. Em conformidade, cada música funciona como se fosse um hit, deixando a impressão de que a banda debutou com uma coletânea de melhores canções. No entanto, sabemos que essa nada mais é que uma bela estreia e, por mais que músicas como “Driftin’”, nos tragam boas sensações, a banda tem potencial para desenvolver trabalhos ainda melhores. Isso contempla privilégio aos ouvintes que estão descobrindo o grupo neste começo. Aos ouvidos mais aguçados, é normal perceber influências de nomes como Oasis e Lenny Kravitz aqui.

Nos dias de hoje, é comum bandas participarem do trabalho técnico de lançamento e com a The Daytime High não é diferente. Além de o trio compor todas as faixas, ainda se destaca pelo trabalho de produção que, ao lado de Curt Piar, conseguiu gravar e mixar o álbum. A título de mais informação, o disco foi concebido em Thousand Oaks, na própria Califórnia. “Pandemonium”, que foi um dos singles lançados previamente, faz parte da relação e é uma excelente opção de música para quem gosta de atmosferas preenchidas de harmonia e melodia. A essa altura, a banda já prova que versatilidade é uma de suas virtuoses.

A música que dá sequência é “Melting” que, por sinal, não teve participação de Piar nas mixagens. Trata-se de uma canção bem tocada com sacadas de trilha sonora de filmes pastelões. Contudo, se destaca pela coerência harmônica, cadenciamento bem marcado e naturalidade vocal. Uma música cuja construção não agride os ouvidos, pelo contrário, “Melting” até que é uma boa canção para se ouvir à tardinha, tomando o chá das cinco, por exemplo. Constata-se aqui, uma prova contundente da dedicação da banda em diversificar o estilo. Versatilidade e sensatez, neste ponto, foi assertivo.

Depois daquela que é a faixa mais extensa do álbum, chega a vez de “History Man” que possui pouco mais de dois minutos de duração. Esta, no entanto, é devidamente ritmada com uma cozinha mais acentuada. Trechos de piano fornecem um charme a mais como um arranjo calmo e delicado. Aqui, pela cativação e duração do tempo, é mais uma música que cairia bem em playlists de rádios pelo mundo. Quem sabe o grupo possa aflorar mais e, com isso, chegar a um maior estrelato? Potencial tem de sobra, resta saber se tem pé no chão, pois ainda é uma banda de atividade recente.

A trinca final do disco se inicia com “Reaper”, que é uma faixa mais progressiva e, não obstante, possui o melhor solo de guitarra. O acompanhamento do baixo é primoroso e o vocal à la David Gilmour completa uma escancarada influência de Pink Floyd. Na sequência, “Wanna Fall In Love” traz uma pegada mais embalista e um tanto radiofônica. De maneira idêntica, possui em sua estrutura boas linhas de guitarras, inclusive os solos. Já na canção “Open Up”, que encerra o álbum, o virtuosismo retorna com os lindos solos de guitarra em um clima profundamente harmonioso. Se ainda não escutou a estreia do Daytime High, não perca a chance!

Ouça “The Daytime High” pelo Spotify:

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