SOUL CHALICE: arrebata com a obra-prima “Embracing Trauma”; saiba mais e confira

O hip-hop é um dos gêneros que mais promovem revoluções sonoras, estéticas e comportamentais no planeta, além da produção incessante de novos talentos frente a gerações subsequentes. A verve poética falada, é poderoso catalizador de bases que depreendem um diálogo dos mais furtivos e criativos nestas experiências artísticas realmente proeminentes para o sucesso na produção de composições. Quando temos um instrumental calcado nas raízes mais profundas da soul music neste processo frente ao rap, como o grupo radicado em Delaware, SOUL CHALICE, sabemos que esta simbiose geralmente eclode em resultados altamente significativos deste “liquidificador sonoro” azeitado.

Recentemente temos o fenômeno Frank Ocean como nome primordial desta poderosa “geleia moderna”, mas em seu mais recente trabalho em formato de álbum, “Embracing Trauma”, os americanos exaurem personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística realmente IMPACTANTE! Após a grande visibilidade de público e crítica especializada com o registro de estreia “Enter The Game”, é perceptível os degraus que foram galgados nesta empreitada, suscitando uma maturidade musical realmente sem precedentes. Nós do portal Music For All ficamos extremamente tocados com a qualidade de excelência nestas dez faixas e iremos esmiuçar cada uma delas para vocês abaixo…

Os primeiros segundos de “What a Shame”, determinam exatamente o que encontraremos pela frente em termos musicais: um scratch urgente e explosivo que automaticamente cede espaço para melodias orgânicas e embebecidas em musicalidade de nível elevadíssimo! A sedução natural proeminente do gênero, que ainda vem acrescida de permeios “jazzy” irresistíveis, recebe a “metralhadora giratória” dos vocais.

Estes suavizam no tom o seu canto falado, mas simultaneamente traçam os versos como  uma “montanha-russa desgovernada”, mostrando todo o talento em conduzir as rimas frente a um instrumental que realmente impressiona (o solo de sintetizador é um primor!). A resplandecência pop expande através de um suntuoso refrão, daqueles com ares de arena, grudento e perfeito para ser bradado entusiasticamente!

“Rise Above” mostra todo o entrosamento da banda perante arranjos que podem sim, ter um aceno para as pistas, mas que impressiona pela cerebralidade promulgada. Aqui o rap que conduz a narrativa cede espaço a um refrão cantado com fúria, em feeling totalmente exasperado e condizendo com sofreguidão emocional que o estilo carrega. Estamos falando do bom e velho SOUL não é meus amigos? Emoções a flor da pele…

“Splash” definitivamente tira nossos pés do chão e promove a “possessão” absoluta de nossos sentidos em seu arquétipo DANCE. Sabe aquelas canções que já nascem com o status absoluto de HINO supremo, tamanho o poderio desprendido? Pois é, exatamente o que temos aqui! Lembramos de grandes momentos da Motown, da produção black dos anos oitenta, do rap noventista, de lendas como US3, Fugees, MUITA COISA LINDA, porque está tudo “junto e misturado” nesta vibração.

“Giving It Up” reduz a intensidade e trafega por caminhos mais cadenciados, onde por pouco não descambamos naquele reggae mais “swingado”. Mas a estrofe primordial do refrão trata de colocar tudo em seu devido lugar, e temos preceitos que rumam ao épico absolutamente fabulosos nesta condução! É simplesmente incrível a jornada sensorial que somos adentrados, e o mais incrível: não chegamos nem na metade do álbum! A encore com uma viagem de mellotron (Aj Connolly SOBERBO!) é simplesmente algo DEVASTADOR em nossos corações.

“Day by Day” tem um riff grandiloquente de guitarra (Daniel Ridgely, extremo bom gosto) que realmente nos afaga e conduz para um mundo repleto de cores das mais vívidas.  Impressionante a diversidade conceitual do SOUL CHALICE, rap a parte, o refrão tem uma “pegada” roqueira realmente irresistível. Aliás, grandes vocais de Face Balian neste registro, externando uma mensagem profunda que trata de encontrar a “felicidade independentemente de suas lutas e/ou desafios”, como atestam os autores.

“So Low” é mais um daqueles HITS certeiros, e temos a plena consciência deste estado quando já estamos totalmente familiarizados com todo o processo como se já a ouvíssemos a anos… IMPRESSIONANTE! Os “you, you” no recheio de beleza rítmica irrepreensível é um feito e tanto! “Certain Kinda Man” parece aglutinar todas as possibilidades desprendidas até então neste disco em apenas uma faixa, as quebradas de cadência para “estados alterados da percepção” constantes, proporcionam uma verdadeira sequência de elementos surpresa para o ouvinte.

“Can You Hear Me” tem cada palavra emanada devidamente acoplada a um movimento rítmico com belíssimos fraseados dos instrumentos a tira-colo. Temos que também enaltecer o talento grandioso da “cozinha” de Mark S. Reeve (baixo) e Tierre Waters (bateria), outro primor de execução neste álbum. “Struggle Is Real” tem aquele arranjo de metais QUENTE e que garante a energia de qualquer festa, só colocar em looping para vocês terem uma ideia… Haja instrumentação que nos deixa atordoados, como se fosse uma “jam-session” da pesada chafurdada em plena coesão!

O fechamento com “In The Lab”, outro petardo de altíssima densidade, com toques de sonoridade AOR nostálgica, mas que as fusões corroboram para um espectro contemporâneo de excelência  FANTÁSTICO, determina prerrogativas óbvias: estamos frente a uma OBRA-PRIMA, que fatalmente estará em todas as listas possíveis de “Melhores de 2023” ao final deste ano. SENSACIONAL AO CUBO! Mergulhe em toda a divina complexidade desta preciosidade. Disponibilizado abaixo: 

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