A música country tendo seu coração em grande parte do território norte-americano, consegue reverberar em torno todo o planeta, reverberando sua sonoridade única ampliada por instrumentos específicos (muitos exóticos perante outros estilos!) e uma prerrogativa conceitual amplamente particular. Existe um trabalho bastante incisivo no formato canção, postergando a produção de baladas de impacto, e esse contexto juntamente a emotividade que transborda do estilo (mesmo em preceitos mais pop) é um dos fatores que atinge as pessoas em probabilidades tão surpreendentes!
Um dos principais exemplos daremos agora: diretamente de Munique (Alemanha), o duo Wild As a Her, formado por Caroline von Brünken e Chris Kaufmann faz uma simbiose country das mais furtivas do momento. Para isso contribui o fato de utilizar músicos radicados em Nashville (a meca do gênero!) juntamente a uma galera da pesada provinda de próprio solo alemão, proporcionando um resultado que exaure personalidade pelos poros e denotando uma poderosa identidade artística!
E o que nos impacta TAMBÉM, é o fato de “Off The Leash” ser um álbum de estreia, um conjunto inexorável de onze canções absolutamente INCRÍVEIS, e em nenhum momento temos a impressão de se tratar de um debut… Mas vamos percorrer todo o processo desta experiência com uma análise faixa a faixa para vocês.
“If It Ain’t Hurtin'” inicia os trabalhos com vocais primorosos duelando frente ao instrumental imergido em virulência roqueira clássicas, com os arquétipos country (como o violino de características peculiares) sincronizados ao protagonismo das guitarras perante o processo. A voz de Caroline é um capítulo a parte: timbres belíssimos, feeling sussurrado exasperado, doces precisas de sofreguidão emocional e técnica em níveis elevadíssimos! E não podemos deixar de destacar o suntuoso refrão com ares de arena, grudento e perfeito para ser gritado a plenos pulmões por uma multidão ensandecida. FENOMENAL!
“To Us To Life” tem aquela “choradeira” melódica característica da contry-music embebecida em prognósticos dançantes irresistíveis. Uma canção que acena para as pistas, simultaneamente que é enaltecida em sua narrativa pela voz MAGNÍFICA de Brünken, além de ar de contemporaneidade repleto de cores das mais vívidas! “Beatiful Broken” é uma daquelas pungentes baladas ancorada em preceitos épicos incandescentes. Sabe aquelas canções que durante a audição vislumbramos o status indubitável de HIT imediato? Pois é, exatamente o que encontramos aqui!
“Good Girl” desprende swing em formato de raios eclodidos em todas as direções possíveis, e nos levando a embarcar em uma jornada sensorial sem precedentes. A junção country-funk é absurdamente irresistível, e novamente temos uma estrofe que NECESSITA ser eclodida por muitas e MUITAS vozes, repleta de permeios gospel. ARREBATADOR! E olha que ainda nem chegamos na metade do disco…
Agora a influência é direta do blues! “Red Flag” desprende sensibilidade em tons ásperos e singelos simultaneamente, e realmente recebemos uma explosão energética simular a filmes de ficção-científica, onde temos todos os nossos átomos devidamente desintegrados de uma vez só! E o sol de guitarra fulminante? Realmente “coisa de cinema”… “Queen of Hearts” mergulha em parâmetros mais fidedignos das mais profundas raízes country, e merecia figurar nas prateleiras mais elevadas onde se encontram os grandes HINOS do estilo. MEMORÁVEL e APAIXONANTE!
“Guilty” novamente retoma para o relacionamento super bem sucedido entre hard rock setentista e country-rock onipresente. E temos mais um daqueles acontecimentos que corroboram para que estruturas sejam balançadas até caírem! É realmente um novo e contumaz suspiro para o cenário mundial do gênero, corroborando para um prognóstico de renovação extremamente assertivo em sua condução. Mais um registro deveras AVASSALADOR, simples assim…
“High Of The Country” esmiúça minimalismos eficientes que produzem aquela fórmula impoluta de canção perfeita: vocais (para variar!) dando um espetáculo em sua variação de linhas, refrão nível “planeta cante conosco” e peculiaridades melódicas que seduzem o mais gélido dos corações. Impressionante como arrebata nossos sentidos e temos o desejo primordial de repetir a faixa, por mais que saibamos que AINDA TEM PRECIOSIDADES A CAMINHO!
Como o título já denuncia, “Tequila Therapy” nos teletransporta para uma festa do Velho Oeste, onde a bebida específica é “entornada em doses cavalares”. A música mais divertida do álbum garante aquele momento “tire os pés do chão e ergue os punhos” em qualquer pista promulgada. SENSACIONAL!!! “Bourbon Goodbye” é mais um pungente brado mergulhado em profundidade atroz! A experiência é visceral e indescritível, com mais preceitos “bluezy” sendo eclodidos em patamar de excelência.
Aliás, “Off The Leash” fatalmente irá figurar em todas as relações de maiores lançamentos de 2023, não nos resta dúvidas! E ainda temos a encore furtiva com “Tequila Therapy (Honky Tonk Cut)”, capitaneando todas as probabilidades que compuseram esta obra-prima em toda a jornada INESQUECÍVEL que temos aqui.
Precisa ser emergido dos primeiros segundos da introdução até ao “apagar das luzes”, porque é ESSENCIAL, que alça camadas estratosféricas, chegando até os recantos mais inóspitos do planeta. Todas as faixas são essenciais, SENSACIONAL como um todo!!! Disponibilizado abaixo:
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