Temos vislumbrado nos últimos tempos uma ascensão proeminente da música ambient e instrumental, e a causa para este acontecimento, é muito de fácil explicação… Vivemos em um momento de grande aceleração, onde a ansiedade toma conta do indivíduo na sociedade e muito por conta do acesso irrestrito as redes sociais (muita informação e arquivo disponibilizado!). A música obviamente acompanhou esse processo, e a forma no qual o ouvinte lida com essa perspectiva, mudou completamente a relação entre as partes.
Uma pesquisa recente acentuou que a média de audição das canções, é de trinta segundos, as pessoas não tem paciência e CALMA de degustarem a experiência até o fim. E esta retomada do preceito ambient e instrumental, principalmente após a pandemia, promoveu esta descoberta por parte de muitos de um preceito nostálgico em se ouvir música, onde cada particularidade é devidamente assimilada com toda a concentração que lhe é cabida.
Além de uma profusão incessante de novos talentos concebendo este tipo de sonoridade em caráter brilhante, como o artista lituano radicado em Vilnius, TEN WALLS, que acaba de lançar sua obra-prima em formato de álbum, “The Mountain King”! Nós do portal Music For All ficamos tão comovidos com este conjunto primoroso de TRINTA faixas, que iremos esmiuçar individualmente todas para vocês abaixo.
Desde a introdução com “Northlands”, somos já devidamente arrebatados sensorialmente pelo piano dramático que cresce gradativamente, onde já estamos em uma jornada sensorial sem precedentes. O encadeamento é perceptível entre as faixas, pois o estigma reverbera com mais preceitos eletrônicos e probabilidades futurista em “How I Feel”, com ensejos épicos sendo vislumbrados no diálogo furtivo entre os sintetizadores em profusão e beats repletos de groove.
“Zelda” trafega por instâncias mais soturnas e um clima jazzístico altamente sedutor, com as quebradas de cadência nos conduzindo para um mundo repleto de mistérios, com vários fraseados étnicos magníficos desprendidos! “Catarina” acena diretamente (e sutilmente) para as pistas simultaneamente que impressiona pela “cerebralidade” exaurida pelo arranjo com os synths cumprindo o papel de trilha-sonora sci-fi. “20sec” funciona como uma vinheta lúgubre para “Anor Londo”, onde as minúcias minimalistas são inseridas em um portentoso cenário grandiloquente, onde sentimos cada passo adentrado rumo ao desconhecido em nossos sentidos!
“Seq” embarca na eletrônica com batidas sequenciais que remetem a lenda Kraftwerk, mas exaurindo personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística grandiosa, ainda mais com o clímax chafurdado em sofreguidão emocional! Ruídos de natureza étnica “duelando” com beats ensandecidos são a tônica de “Maroca”, mais uma dessas viagens ao fundo do ego irrepreensíveis programadas pela mente inventiva de TEN WALLS.
A épica e eletrônica “Sanctuary” promove espasmos consentidos em nosso corpo, somos arrebatados por esta primazia dançante fenomenal! Os quase sete minutos e meio são um ponto de destaque absoluto nesta proposta que já se mostra mágica. O ambiente é esfumaçado e as luzes são turvas, tudo transformado em pura poesia magnética! “Salt” continua os rumos electro com louvor, saímos de prognósticos densos ambient para nos jogar com força total neste universo.
A saga é mantida em “Luca”, mas com reflexões espaciais ainda mais intensas, um PRIMOR só de narrativa! A vinheta espetacular em seu crescente gradativo de rumos inesperados “My Memories”, cede espaço em seguida ao “salto cósmico” de “Others”, arrematando uma instintiva “transação harmônica”, e enaltecendo mais um momento grandiosos neste processo criativo visceral! “Prolog” dispara intentos hipnóticos até a medula, alçando uma robótica sequenciada e ao mesmo tempo repleta de vivacidade, pois nossos pés automaticamente levitam do chão. “Light” volta aos barulhos enriquecedores da natureza, apostando em um nível de relaxamento altamente sedutor.
“Go Speed Racer” faz jus ao personagem dos quadrinhos e desenhos animados enaltecido no título, em uma “montanha russa” desgovernada sem limites! Só nos resta correr juntos… “Reincarnation” mantém a jornada rumo a estados alterados da percepção em primazia acelerada! Assim como “The King”, com toda a majestade que lhe é de direito neste instrumental singularmente programado, desbragando “ataques cósmicos” violentamente em seus synths, até a chegada do groove impoluto. INCRÍVEL!
“Cat Vs. Dog” como o título sentencia, recria um verdadeiro jogo de perseguição, com direito a sons sugeridos desses animais. “March of the Trolls” nesta versão de 2001, embarca em preceitos gradativos que aspiram probabilidades cada vez mais incisivas. Uma verdadeira marcha! “Regular Day”, “Papa”, “Wind Sky” continuam a missão ofertada pelo autor desde os primeiros segundos, uma simbiose altamente coesa de eletrônica, ambient, new-age e trilha-sonora.
Sem contar os mecanismos étnicos como em “Flower Duet”, sonoridade que beira ao “circo eletro” como “Fall”, o futurismo altamente sensibilizado de “Holly Morning”, o “suspense” de “Thriller” (mais uma vez uma ode que faz jus ao título), onde percebemos ecos furtivos do clássico de Michael Jackson! “Birds” e seus mistérios irresistíveis, a celeuma de degradação do planeta “2000” e a grande encore com a espetacular e singela “C”, nos deixam claro o quão SENSACIONAL e ESSENCIAL é o álbum “The Mountain King”. Mergulhe nesta preciosidade de TEN WALLS. Disponibilizado abaixo:
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(‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’)