Vivemos fenômeno admirável que refuta uma visibilidade cada vez mais crescente para a sonoridade de natureza instrumental ou ambient, com uma infinidade possibilidades minimalistas e ensejos eletrônicas nessas proporções conceituais. Este ensejo é uma premissa relativamente de fácil explicação…
Em virtude da abrupta aceleração dos tempos atuais, acrescida de um excesso de arquivos de informação, a relação do ouvinte com a música mudou consideravelmente. Recentemente foi feita uma pesquisa, que atestou em trinta segundos de audição o tempo médio de um ouvinte nos canais de streaming. Com o advento da pandemia, onde em meio de todo aquele caos e isolamento, as pessoas dispuseram de maior tempo para se relacionar com a música.
Nesse ínterim, houve uma retomada de preceitos nostálgicos em se tratando de apreciação, e foi nesse contexto que os gêneros citados acima reverberam grande crescimento, inclusive na profusão incessante de novos talentos, afinal de contas nesse obrigatório ócio, a arte serviu como um alento para muita gente, não apenas os profissionais do ramo.
E essa tendência acabou sendo altamente benéfica para aqueles que já estamos propagando o estilo com uma trajetória sólida, como é o caso do grupo porto-riquenho (radicados em Aguada) SILVERMOUSE, que há aproximadamente quinze anos e com registros de impacto disponibilizados, vem angariando uma grande visibilidade de público e crítica especializada defronte a sua eletrônica experimental amplamente transgressora, vanguardista e sedutora na mesma proporção.
Obviamente havia uma expectativa mediante sua nova empreitada, e finalmente este dia chegou: “Beyond”, um conjunto magnânimo de oito petardos irrepreensíveis, uma seleção que promove um conjunto dos últimos cinco anos de apresentações ao vivo do bardo da América Central. É livetronica que se consisti em uma odisseia formidável, onde desde os primeiros segundos somos devidamente “abduzidos” por uma jornada sensorial sem precedentes, tamanho o poderio desprendido e a força emanada! Nós do portal Music For All ficamos extremamente extasiados com esse material e vamos esmiuçar cada uma dessas faixas gravadas em grandes apresentações do grupo abaixo…
A abertura dos trabalhos se dá com “Druids Rising”, onde sintetizadores em profusão mas destilando preceitos intimistas reverberam preceitos ambient altamente irresistíveis. Muitos ruídos e minúcias “invadem” essas melodias primais, e os rumos da estrada vão descambando para um crescimento de intentos épicos, dialogando plenamente com uma atmosfera progressiva que gradualmente “explode” em uma prerrogativa eletrônica simplesmente INCRÍVEL! Simultaneamente que acena para as pistas com louvor, impressiona pela cerebralidade espacial com ares de trilha-sonora SCI-FI brilhantemente promulgados.
“Beyond the Dream Drum” enaltece gradativamente um paradigma precisamente hipnótico em sua condução, embebecido de prognósticos étnicos brilhantes. Vale frisar que o SILVERMOUSE em muitas destas apresentações fez uma parceria com o Instituto Monroe, que foi pioneiro no uso da tecnologia de arrastamento de ondas cerebrais em concertos ao vivo. Mais um motivo para a jornada sensorial sem precedentes estar devidamente garantida, ainda mais com esses sinais de alteração da consciência devidamente instaurados!
“Primrose was our Goat” como se estivéssemos em um encadeamento conceitual nos arrebata para instâncias similares, mas com muitas experimentações que impressionam pela criatividade artística de tintas abstratas e batidas tribais que beiram ao protagonismo. Mas como somos surpreendidos a todo instante, tal qual um efeito de montanha-russa desgovernada, todos os instrumentos vão tomando esse lugar numa produção com ares de jam-session FENOMENAL!
“Imagining” tem muito de uma lisergia imersiva, numa grandiosa atmosfera psicoespiritual… A eletrônica mais expansiva vem caminhando a passos curtos e temos mais uma viagem em formato de experiência sonora que NUNCA será esquecida. Definitivamente não somos mais os mesmos depois destas obras tão magnéticas e transformadoras ao mesmo tempo! Esta imersão com a Monroe Sound Science, sintonizado com precisão nas oitavas da frequência da cor azul, é realmente um estado de consciência único.
Em “Snake Grass” é possível nesta completa imersão sentirmos nosso corpo levitar por instâncias de projeção astral, que altera maravilhosamente nossos estados alterados da percepção! A entrega desta faixa chega aos limites radicais, é possível ter aquela sensação de se jogar rumo ao espaço com total ausência de temor.
“Lionsmane” é tão cuidadosa em seus preceitos engrandecedores, que literalmente nos encaminham para outras dimensões. O som da flauta faria o ícone Ian Anderson, da banda Jethro Tull dar um sorriso de orelha a orelha, pois a psicodelia de altíssima excelência é colocada em prática! Vale dar destaque para os músicos que participaram desta empreitada INSTIGANTE: Justin Handley na guitarra, violino, bandolim, flauta, cavaquinho e flauta doce e Joanne Hunt produzindo ao vivo as bases eletrônicas.
“Tripgnosis” é um grande condensador de toda esse acontecimento que presenciamos até então, representando exatamente o preceito primal e conceitual dos porto-riquenhos com seu trabalho. Estamos perante um dos grandes lançamentos nos últimos tempos, que fatalmente estará em todas as relações possíveis de “Melhores de 2023” ao final do ano.
A encore primordial de “Brew 42”, atesta com a boca aberta tudo que foi devidamente degustado, sentido, percebido e assimilado até aqui: trata-se de uma OBRA-PRIMA SENSACIONAL! Essencial merece ser levada para todos os recantos mais inóspitos desse planeta! Disponibilizado abaixo:
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