“Seventeen”: David Moore mistura talento e amor à música em novo álbum

A música é um amor que nunca morre, não importa quanto tempo leve, os sonhos acompanham um compositor para aonde quer que vá e em quais circunstâncias se encontre na vida. Após uma pausa de 17 anos, para constituir família, David Moore finalmente lança seu álbum “Seventeen”, uma obra de 8 canções, que mistura estilos, cria atmosferas inspiradoras e ganha nosso coração.

Sem esquecer das influências do rock clássico, o artista ainda contempla o ouvinte com folk, pop, rock, blues, country e ondas progressivas na arquitetura. De Jimmy Paige e Led Zeppelin ao seu grande amigo Jim Patterson, que faleceu em 2013, David Moore absorve ideias e as traz para dentro de sua música, incrementando com criatividade e a própria identidade, e conta com a colaboração de amigos músicos tocando algumas das partes.

“Westridge House Stomp”, primeira faixa, já nos encanta com suas cordas e harmonia calorosa. O amor dita o lirismo, enquanto os vocais sinceros deslizam a poesia e trabalham a entonação; é uma entrega carismática, doce, que embala e abraça quem a ouve e usa ainda, como um charme a mais, vocais de apoio na composição. A percussão entrelaçada ao violão cria uma atmosfera envolvente e quase não conseguimos mais sair daqui.

Em seguida chega a belíssima “Ice Fog”, e devo confessar, há muita emoção nesta composição. Costumo me apegar a faixas instrumentais, justamente porque elas nos contam o que cabe na nossa imaginação e como elas tocam nosso coração. E é importante trazer o ouvinte aqui, pois “Ice Fog” tem substância: agarra-se às emoções e flutua para o ambiente em que seu desejo ordene e um infinito de possibilidades se abre diante do que melhor nos propusemos a criar para ela; saímos satisfeitos com o resultado. Da guitarra à batida profunda, texturas, tudo te encaminha para um espaço sentimental, que emociona. Linda música!

Já, “The Daydream” planeja nos ganhar com vocais ecoando e lá no alto, uma sofisticada melodia, que combina teclas vibrantes e uma batida que muda o tom conforme a base rítmica necessite de mais ênfase. Guitarras acrescentam energia e nosso campo de sonhos brilha como se estivéssemos em um filme dos anos 80: respiramos nostalgia e otimismo com a narrativa romântica da faixa. Um lindo desenho onírico regado a riffs encantadores.

“Outbound” por sua vez, cria um ambiente simplesmente maravilhoso com cordas, uma batida serena e uma hipnótica e sensual harmônica. Os vocais equilibrando entre a suavidade e alguma ênfase em determinadas palavras nos dão a sensação de que aqui, estamos procurando uma saída, um caminho diferente para seguir. Faixa arrasadora; cria um clima fantástico e demonstra que estamos diante de um grande músico, afinal.

David Moore (Foto: Hollan Holmes)

E se não bastasse a condução nos surpreender a todo o momento, “Powder Run”, composição instrumental, a única que não foi escrita somente por David Moore, mas totalmente produzida por ele. Trilha perfeita para um filme com conceitos anos 80, dada à apresentação das teclas e da batida caminhar na mesma intenção: é colorida, agradável e nos leva para uma aventura repleta de emoções e um clima otimista. 

 “I Owe It To You” carrega a alma blues e nos enfeitiça com o embalo da guitarra, de imediato. É uma performance de tirar o fôlego. Logo um sorriso agarra nosso semblante, enquanto somos levados pela base rítmica rica em cordas e uma batida sensacional, resultando em uma harmonia apaixonante, sem dúvida. E não há o que você não goste por aqui: do lirismo marcante- “você me faz sentir no topo do mundo, Baby!”- que nos garante satisfação à instrumentação maravilhosa de guitarras poderosas, dedilhados, uma charmosa linha de baixo, tudo culmina em uma faixa cativante.

E “The Love Machine” já engata seguindo uma melodia mais doce e sentimental, repleta de dedilhados combinando com batida e teclas que aparecem para intensificar a atmosfera. A guitarra acende o ambiente e a sonoridade progressiva e rock aparece juntando-se ao vocal lá no alto de David Moore. Há uma força extraordinária no espaço tornando a canção uma produção impecável: há um equilíbrio perfeito entre o casamento do som acústico e elétrico costurado ao lirismo significativo.

Encerrando nossa jornada musical, ficamos com “Flying Frisbee Clap” e suas teclas rápidas. Uma percussão alegre, que nos anima, enquanto a poesia é apresentada por uma tessitura vocal que transparece ternura e honestidade nas emoções. Há ainda detalhes em dedilhados, porque o violão é instrumento que não pode faltar, e embora seja a faixa mais curta, exibe com categoria a marca registrada do trabalho de David: falar de amor e estabelecer conexões, algo que combina e é receita de sucesso nas mãos de quem respira música.

Uma vez que você se conecta com o trabalho de “Seventeen”, você entende que há um cuidado e uma delicadeza na produção, e as próprias composições também, uma dedicada atenção aos melhores sentimentos, oferecendo ao ouvinte um pouquinho de seu universo musical e que agora encontra a hora perfeita de chegar ao mundo: uma sonoridade marcante e com ritmos que nos contagiam e agradam o espírito.

Vale a pena conferir o álbum? Bom, eu não esperaria nem mais um único segundo!

Ouça neste instante “Seventeen” de David Moore. Boa audição.

Quer acompanhar o trabalho de David Moore? Basta acessar os links.

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