SEE LEVEL: ouça a surpreendente obra-prima experimental do álbum “Frame of Mine”

Estamos em tempos extremamente acelerados, onde o excesso de informação se faz presente indubitavelmente no cotidiano de ampla maioria dos seres humanos no planeta. Obviamente o mundo da música foi afetado nesse processo! Recentemente foi feita uma pesquisa assegurando que o tempo médio de audição perante os canais de streaming de uma canção, é de trinta segundos por faixa. O excesso de demanda oferecida, algo comum no momento vigente, proporcionou esse ensejo mas juntamente com uma força contrária…

A quantidade de produções incessante frente a seara instrumental de probabilidades ambient, acabou sendo uma força de resistência para aqueles que sentiram a necessidade de emergir na experiência com a música em proporções mais profundas, assim como presenciávamos em tempos distantes, no advento físico do vinil e do CD. Mergulha-se em um prognóstico sensorial, e além de uma percepção maior frente a todos os prismas desprendidos no processo, se relaxa em níveis de cura, alçando voos para algo muito maior do que a mera função de entretenimento promulgada.

Neste prisma, temos aqui um trabalho que impressiona em níveis estratosféricos na esfera instrumental: SEE LEVEL, e sua obra-prima em formato de álbum, “Frame of Mine”, um poderoso compêndio de vinte canções absolutamente irrefutáveis em seu contexto. Tem tudo para ampliar a sua visibilidade de público e crítica especializada construída com o projeto anterior “Rice Butter & Sugar”. Analisaremos a nova empreitada faixa a faixa, como merece um trabalho com essa amplitude!

A faixa-título inicia os trabalhos destilando sintetizadores em profusão com ares de trilha-sonora de filmes de ficção-científica, imersa em insights ambient. As batidas elevam a perspectiva para um dinamismo electro/lo-fi deveras sedutor, preceito esse que se torna ainda mais contumaz em “Off Top Reflections”, carregado de incisões jazzy embebecidas em elegância plenamente natural. O clima de sensualidade é inerente a todas as etapas desprendidas, construindo um processo realmente IRRESISTÍVEL!

“Basic Needs” tem pungência e profundidade, mas sem abrir mão do suingue soul que emana de praxe em vários momentos até aqui, apesar da diversificação emanada no processo. “Hold Ones Peace” emana um groove avassalador, que realmente prima por um cenário evocativo e proeminente perante o ouvinte. É inevitável não sermos “abduzidos” de imediato frente a viagem proposta, a cadência exerce esse poder inerente através de cores das mais vívidas.

“Centered” acena para as pistas subliminarmente, e não temos dúvidas que será alvo de vários DJs pelo planeta para remixes-lounge tão “matadores” quanto o registro em questão! O fazer artístico é realmente louvável, temos mais um grande momento, e ficamos ávidos em perceber que estamos ainda no início do processo… “Root of  it All” mantém o encadeamento dançante, algo que percebemos no álbum apesar de não se tratar de um projeto conceitual. Continuamos o frescor melódico simplesmente fascinante e com os sintetizadores emulando um preceito trip-hop sem precedentes!

“Mirrors” trafega por instâncias mais perenes, mas ainda impressionando pela capacidade de quebra furtiva de cadências. “Look Deeper” remete a incidências rap, os prognósticos melodiosos remetem as metralhadores giratórias que temos como alicerce nesse estilo. Urgente e preciso! “Numbers Game” mantém a mesma pegada, uma base primordial e carregada de efeitos, como reza a cartilha lo-fi. Os lamentos belíssimos de “the thrills of patients”, imergem em grandes ondas “bluezy”, amplificadas em sentimento sublime.

“Web of Aura” assume ares “bossa-novísticos” que realmente estigmam um magnetismo profundo em sua condução. Cada beat dialoga profundamente mediante os sintetizadores, é uma sintonia realmente memorável! “Roseless” parte para premissas étnicas em sua linha percussiva, e impacta não apenas pela ousadia, mas pelo resultado formidável em toda a sua condução, como nos magistrais vocais femininos que duelam com a parede de synths.

“Descompress” mantém os preceitos anteriores, praticando servindo de continuação mais urgente para o processo. “Out of town” mostra a criatividade do artista perante os arranjos de piano, basicamente mais um embate preciso e fulgurante junto a base eletrônica. E nos surpreendendo mais uma vez, bases latinas que explodem preceitos sedutores que rumam por instâncias progressivas, são a base de “A Paused Glance”. O feeling exasperado que atravessa o processo é um dos GRANDES momentos deste álbum!

“Beach on Fire” como o próprio título denuncia, nos remete exatamente para o âmago da natureza, onde pássaros e linhas melódicas “como uma onda” duelam em caráter de excelência. Simplesmente SENSACIONAL! “Shadow Self” caminha por caminhos mais soturnos, onde instâncias caóticas são eclodidas em patamares atraentes ao extremo em seu desenrolar…

“Helping Hands” denota toda a sensibilidade do musicista em promover minúcias que emocionam por sua beleza irrefutável, soando como um jardim tomado por flores de todas as espécies, formando desenhos de mosaico retumbantes!

“What goes around” sintetiza tudo que foi apresentado neste conceito muito-facetado e fantástico de “Frame of Mine”. A encore fenomenal de “I forgive you me” só atesta o óbvio: estamos defronte um dos grandes lançamentos de 2023, que fatalmente alçará o nome do artista para dimensões estratosféricas, porque é ESSENCIAL em sua musicalidade, criatividade e dinamismo! Disponibilizado abaixo a obra avassaladora de SEE LEVEL:        

https://www.reverbnation.com/seelevel9?profile_view_source=header_icon_nav
https://open.spotify.com/artist/65Raj9Nj5vXCtxWKa5nM8m?si=Y06z1cGFTrOShldRdMsKwg
https://soundcloud.com/buydrebeats
https://www.instagram.com/seee.level/

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