Quando houve um encontro furtivo entre o compositor Michael MacMahon (também conhecido como ex-DJ Mick Taylor) e o cantor/compositor James O’Connor, nasceu o instigante e transgressor projeto ONEMAC PROJECT. Os irlandeses tem uma produção também incessante e seus trabalhos anteriores angariaram grande visibilidade de público e crítica especializada. E detalhe, sem apresentações ao vivo, algo que está nos planos da dupla juntamente com colaborações constantes (o cantor/compositor de Madrid Erik Sjøholm e o cantor/compositor de Los Angeles e Kim Diaz-Smith) para breve!
Obviamente quando temos registros bem avaliados, a expectativa naturalmente aumenta consideravelmente pelo anúncio de uma nova empreitada… Afinal de contas trata-se de uma sonoridade que exaure personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística grandiosa e “inrotulável”. O ONEMAC PROJECT promove canções que fogem de qualquer obviedade ou aqueles agruras impostas pelo mercado vigente para se enquadrar em tendências. E seu mais recente lançamento em formato de álbum, “The Hermit Speaks”, atende impreterivelmente todas as expectativas com um conjunto magnânimo de treze faixas realmente arrebatadoras!
Não temos dúvidas que estará em todas as listas possíveis de “Melhores de 2023” ao final do ano, pois realmente “salta aos olhos” e mostrando que o trabalho do duo radicado em Dublin, veio definitivamente para trazer um novo suspiro ao cenário alternativo. Nós do portal Music For All ficamos muito impactados com esse disco e vamos esmiuçar cada uma dessas faixas para vocês abaixo…
A breve entrada envolta em sintetizadores, é devidamente abarcada pelo instrumental poderoso na abertura “The Dancing Violin”, uma power-balad pungente mas carregada de preceitos viscerais simultaneamente. O vocal é um primor na formulação de suas linhas e nesse diálogo com o arranjo: timbres suntuosos, feeling exasperado, doses preciosas de sofreguidão emocional e técnica em níveis elevadíssimos! Sabe aquelas canções que já nascem com o status indubitável de HINO, tamanho o poderio desprendido? Pois é, temos toda a singular força emanada neste petardo. E estamos apenas começando…
“A Million Ways To Kill a Love” tem um estigma bluezero carregado de sensualidade, com o contrabaixo acústico exercendo belo protagonismo. Temos a visão de um bar de beira de estrada, luzes baixas e uma performance no pole dance. O refrão tem uma amplitude melódica que também é deveras sedutora, soando grudento e perfeito para ser bradado entusiasticamente em estado hipnótico pleno! INCRÍVEL!
“The Artist” tem uma condução densa, amplificada em sensibilidade lírica e outra performance vocal realmente fascinante. A entrada do saxofone é um elemento surpresa genial, altamente sedutor e que nos “abduz” em caráter basicamente imediato! Desta vez percebemos uma sinergia jazz que conselhe encher nossos olhos de lágrimas…
“Dance of Dead” promove um ritmo de marcha que é absolutamente sensorial, fechamos os olhos e visualizamos essa caminhada pelos recantos desprendidos na narrativa. Um refrão de intentos épicos e temos mais um momento SUBLIME do ONEMAC PROJECT. UM PRIMOR! “Live For Love” desde a introdução com as teclas do piano já aprofunda seu preceito intimista, singelo e reverberado em emoção com níveis estratosféricos. É tudo tão magistralmente belo neste piano e voz, que só temos a vislumbrar este acontecimento de proporções infalíveis repletos de gratidão…
“A Song For Nobody” como uma espécie de “encadeamento” parte também de uma premissa emotiva em um preceito folk primoroso, com o “trovador” em questão transmitindo o canto das profundezas do seu âmago. Órgão e violino trazem um pragmatismo de diversificação azeitado e genial, que acaba sendo a própria faceta desse bardo irlandês.
“It’s Payback Time” tem uma levada funk simplesmente saborosa, com a voz sussurrada em tons graves nos conduzindo para uma festa sem precedentes! Os metais do refrão com um prognóstico mais declamado (grande referência do rap!) contribuem para mais um petardo de amplitude irrepreensível em seu campo rítmico e energético.
“Snow in Miami” segue o trem black com entusiasmo nas alturas, soltando faíscas tão energéticas que temos a impressão de estarmos em uma “montanha-russa desgovernada”, tamanho o poderio arrebatador consumado. É definitivamente impossível nossos pés não levitarem do chão, e o restante do corpo não produzir espasmos incontroláveis! MAGNÍFICO! “Stories From The Road” fecha esta tríade funk que é um verdadeiro bálsamo para nossa apreciação musical, UFA!
“Do You Remember My Name” é mais uma pungente canção que coloca a sensibilidade narrativa a frente, tendo as melodias como amparo fulminante. Mais um momento antológico! “I’ll See You Down The Road” volta para o cancioneiro folk, desta vez mais mergulhado nas raízes mais profundas do estilo, em um libelo de grande poder e lirismo, com cada palavra ecoando em nossos estados alterados da percepção.
“Final Kiss” é uma singela síntese de tudo o que vivenciamos nesta experiência até aqui, endossando todo o potencial conceitual do ONEMAC PROJECT. LINDA DEMAIS! E a encore primordial com “Cutting Room Floor (Parts 1 & 2): Dance With Me” condensa este acontecimento memorável em se tratando de música. É OBRA-PRIMA que chamamos, não é??? Adentre por completo em toda a genialidade de “The Hermit Speaks”! Disponibilizado abaixo:
https://onemac.me/
https://twitter.com/onemacm?lang=en
https://open.spotify.com/artist/1EnSilGHdZftzA2tWSuq8X
https://www.youtube.com/channel/UCOv6cfwt9odwRaRLIFlR8uA
https://www.instagram.com/onemacproject
(‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’)