Neste cenário pop de virada de chave que presenciamos na década no qual adentramos, é percebido um ensejo nostálgico poderoso na música pop com relação a sonoridade synth-pop oitentista. E sem reproduzir fórmulas já concebidas anteriormente, vislumbramos um grandioso cenário de renovação do gênero, dialogando subliminarmente com preceitos contemporâneos, assim como os trabalhos da incensada artista londrina Mari Dangerfield!
Seu mais recente lançamento em formato de EP, o arrebatador “Eco-Fever”, tem tudo para aumentar ainda mais a sua visibilidade perante público e crítica especializada, além de alçar seu nome para os recantos mais inóspitos do planeta! Na incrível “Ruins”, os sintetizadores em profusão que se alternam entre o lúgubre misterioso e a vibração das pistas, duelam com a incrível voz da artista, que denota doçura sussurrada em timbres belíssimos, técnica em alta escala e pitadas de sofreguidão emocional certeiras.
A suntuosa resplandecência pop se manifesta no irresistível refrão, daqueles grudentos e perfeito para ser bradado de forma entusiástica, adentrando de imediato nossa corrente sensorial. O vídeo magistralmente fotografado, reproduz a relação da protagonista de potencial cênico que salta aos olhos com uma belíssima ruína de paisagens esfuziantes, em uma nítida metáfora para a situação “ecológico-climática” do planeta… Aliás, a maior parte das faixas do EP abrange esse paradigma contestador e em tom de denúncia. Esse trabalho SENSACIONAL merece ser imergido em toda a sua plenitude como um todo! Disponibilizado abaixo, “Eco-Fever” e o vídeo de “Ruins”:
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