Louis Emory and The Reckless Few: arrebatadora estreia com o EP “Love Italy”; saiba mais

Uma das coisas mais arrebatadoras que temos na história da música são grandes estreias que marcam, impactam e acabam definindo aquele artista em cores especiais desde então. A novidade quando passa furtivamente da desconfiança para a consagração, contribui para uma conexão sinergética realmente diferenciada mediante o público. O artista radicado em Nova Iorque, Louis Emory, acompanhado do seu coletivo de músicos denominado The Reckless Few, resolveu mergulhar fundo em suas raízes familiares e construir uma ode incrível sobre o território italiano e todos os desígnios que adornam a mística arrebatadora que compõe o país europeu.

Obviamente influências das mais díspares do cancioneiro que adorna o caráter emotivo e popular dessa nação vem a tona, entrando em singular simbiose frente ao seu rock’n’roll de características clássicas, com intentos bluezeros e pitadas deliciosas de pop-music. A Itália sempre foi um desejo incontido do cantor e compositor, quando finalmente conseguiu a oportunidade de embarcar no solo que tanto sonhou conhecer em 2017, uma viagem que definitivamente redefiniu sua visão de mundo com a descoberta mais incisiva da cultura local. “Profunda paixão pelo idioma juntamente a história e cultura, livros sobre o Renascimento, arte, arquitetura, e a história de Florença, Veneza e Roma”, atesta o autor perante a fantástica experiência transformadora concebida.

O anúncio da pandemia gerou sentimentos de tristeza, ansiedade e temor, porque não custa lembrar que a Itália foi um dos primeiros países a ser severamente atingido pelo vírus do COVID 19. Este período foi fundamental para desopilar todos os demônios internos em composições que viriam a compor esta preciosidade que é o EP “Love Italy”, um poderoso conjunto de incríveis seis canções que prestam um tributo dos mais sensíveis ao fascinante universo proposto no “Planeta Itália”!

A abertura com “Roma” emula um blues-rock de prerrogativas clássicas fascinantes, levando o ouvinte para uma jornada sensorial sem precedentes, onde um duelo irrepreensível entre o protagonismo da guitarra (o indefectível slide e arpejos sedutores) e a vigorosa voz de Louis carregando grande referência da lenda David Gilmour, que fez história com o seminal Pink Floyd e em sua carreira solo. Mas sempre exaurindo personalidade pelos poros, denotando a congruente identidade artística promulgada em seu trabalho. O refrão reforça a resplandecência pop que integra seu conceito artístico, soando harmonioso, grudento e perfeito para ser bradado de forma entusiástica, tamanho o poderio imposto!

“La Serenissima” mostra que o formato canção é sua prerrogativa primordial, pois novamente somos “abduzidos” por melodias sedutoras que entram em um espiral de crescimento gradativo louvável, proporcionando uma sucessão de elementos surpresa dentro da experiência. O violoncelo contribui para esses permeios rítmicos que suscitam patamares épicos frente ao processo, com os backing de vozes femininas também se consistindo num grande trunfo para a música. O tom de mistério concebido antes da explosão do refrão, é carregado de prerrogativas sessentistas, e conduz com primazia a narrativa que explicita os ares italianos.

“Firenze” capricha na influência setentista, com riff virulento mas simultaneamente eclode em segmentos soul que chegam a acenar para as pistas. O excepcional trabalho instrumental da The Reckless Few vem a tona com rara excelência, e percebemos ecos “stoneanos” imagéticos! Fatalmente este petardo faria parte do repertório da maior banda de rock do planeta… Sabe aquelas canções que nascem com o status indubitável de HINO supremo? Pois é, encontramos aqui com explícita felicidade, é simplesmente magistral! E novamente os vocais vem a tona num diálogo preciso e comovente com backings femininos expressando feeling e técnica elevadíssima nas alturas. Uma viagem que ultrapassa os sete minutos com o gosto expresso de QUERO MAIS!

“Florence in the Fall” abraça com louvor as prerrogativas mais profundas da música folk, com Emory desempenhando o papel de “trovador” com louvor. Mas como é de praxe, as surpresas vão se intensificando e a parede sonora captura minimalismos e influências das mais díspares. É realmente incrível a forma como o artista juntamente a sua trupe conseguem ser diversificados de maneira absurdamente coesa e precisa. Vale ressaltar a força dos piano nesta faixa, impressiona como cada tecla proporciona um efeito que emociona instintivamente, ressaltando a sofreguidão de sentimentos emanados.

“Oh Tuscany” tem uma levada retrô imersa em euforia, nos conectando para um universo de dimensões arrebatadoras! Mais uma vez o instrumental é primoroso em seus arpejos incessantes e preciosos, e os vocais conduzem esse espírito de dimensões atraentes ao extremo! Não temos dúvidas em apontar como HIT instantâneo, porque essa certeza é absoluta após a audição… A vontade de repetir imediatamente é muito forte, queremos sentir todo essa prazer novamente e rápido!

A delicada e pungente balada “La Primavera” fecha com chave de ouro este registro de proporções magnânimas, outra canção que nos aquece o coração e deixa deveras impressionados em como um trabalho de estreia consegue proporcionar todas essas pérolas de excelência ímpar em seu resultado final. Aliás, “Love Italy” não foi feito para pular faixas, é para se emergir em toda a sua plenitude como um todo, desde os primeiros segundos da introdução até a fabulosa encore de “La Primavera”! SENSACIONAL! Disponibilizado abaixo:   

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