Jacques Bailhé: arrebata com a obra-prima em formato de álbum “Shiva in flagrante”; confira

O multi-instrumentista radicado em Los Angeles, Jacques Bailhé, tem uma das trajetórias mais diversificadas em termos de facetas que se tem notícia… Bastante pelo histórico familiar promulgado, a assimilação de proporções díspares forjou uma identidade artística das mais poderosas que se tem notícia. Percebam o peso dessa linhagem: o avô George Bailhé foi um premiado pianista e arranjador, trabalhando para Cecil B. Demille nos anos 30. Seu tio-avô Gaston Bailhé era um violinista cuja coleção de partituras é realizada na Universidade de Indiana. Seu pai cantava no rádio e apareceu no filme dos anos trinta, “College Days”.

A grande visibilidade de público e crítica especializada que desprende a figura de Jacques, obviamente não se dá por acaso e cria uma espécie de ansiedade categórica perante sua próxima empreitada, já que todo lançamento costuma impactar pela personalidade exaurida dos poros e a ausência da palavra TEMOR quando se trata de percalços criativos! “Shiva in flagrante”, seu mais recente registro em formato de álbum, promove uma verdadeira revolução sonora para acompanhar um conceito absolutamente formidável: a história de um Shiva (a divindade hindu!) que pilotava uma Harley-Davidson e se apaixonou pela deusa Parvati, ensejo esse que gera o nascimento de seu filho. Toda esta singular jornada é adornada por um estigma sensorial incrivelmente abrasivo, é inevitável não mergulharmos categoricamente perante a narrativa! Mas vamos esmiuçar esta obra-prima faixa a faixa… 

A abertura com “In The Alley” tem tantos diálogos precisos de instrumentos dos mais diversos, que suscita um clima permissivo de jam-session. As texturas jazzísticas imperam com minúcias amplas a experiência adornada, onde a todo instante alguma toma o protagonismo para si, como os sintetizadores em profusão, sopros, baixo e guitarra. E mesmo nesta espécie de imponente duelo, temos uma coesão profunda ao extremo onde fica perceptível que cada acontecimento está em uma diretriz amplamente personal e particular, transmitindo fortes permeios vibracionais simultaneamente em que arquétipos singelos docemente são categorizados nas suas instâncias primais!

“Smoke” mergulha também no patamar fusion, arrematando influências de todos os lugares possíveis, e percebam que isso acontece a cada quebrada de cadência: resumindo, A TODO INSTANTE! É absolutamente INCRÍVEL a viagem percorrida por Jacques e companhia, remetendo a uma montanha-russa desgovernada, tamanha a quantidade elementos surpresa que aportam gradativamente no processo.

“Backside” inicia com o contrabaixo acústico em tons intimistas “conversando” frente ao piano, basicamente em insights que beiram o contexto ambient, até a “explosão” de sintetizadores com sua orquestra instrumental a bordo! Temos literalmente um paradigma de proporções épicas que reverbera incessantemente, nos abduzindo para um mundo repleto de cores das mais vívidas.

“Gimme That” é um estrondo de sopros altamente sedutor em sua prerrogativa máxima, “abduzindo” o ouvinte em caráter imediato mediante o torpor dilacerado em ataques poderosos, como o solo FENOMENAL de baixo e a sensação de trilha-sonora instaurada. Imagens furtivas vão se desprendendo incessantemente a cada passo conduzido neste caminhar tão resplandecente e imagético!

“Shiva Steps Out” é um dos momentos áureos nessa fábula conceitual, e simplesmente nos leva a bailar em paradigmas mágicos, como se fizesse parte integralmente deste processo. Não é a toa que já temos programado para o segundo semestre um trabalho de Bailhé na área da dança, o aceno para as pistas nesse petardo flui em condições irreparáveis. Não podemos deixar de destacar as premissas melodramáticas, com ares “eruditivos” e que levam a faixa para intentos progressivos, sempre devidamente embebecidos pela propulsão da orquestra de jazz vigente. 

“That Seersucker Suit” continua a saga entre harmonias magistrais e contratempos elegantes e sofisticados! Dessa vez devidamente “cortados” por um trompete fenomenal que transborda na alma, tamanho o poderio fenomenal instaurado. A “guerra” entre dois lados de cadência, uma espécie de “jogo de perguntas e respostas, consiste em um dos momentos mais primorosos deste álbum!

“All Lanes Merge Here” tem andamento acelerado e misterioso, mas nos situa diretamente em toda a aventura vivida por Shiva e Parvati, com direito a bastante sensualidade nessa paixão avassaladora desprendida. Somos devidamente participados nesta marcha desvairada por caminhos míticos e novamente o movimento de corpos de faz presente incessantemente junto aos nossos sentidos. SOBERBO!

A faixa-título (“Shiva in flagrante”) inicia com ares melancólicos e lúgubres, mas como em todo o registro, nos surpreendendo a cada perspectiva instaurada. Esta canção que arremata momentos de fúria, acaba absorvendo muito da sonoridade desprendida em todo o disco, só consolidando a maturidade amplificada até chegarmos a esse momento ímpar da saga!

A maravilhosa encore com “The Facts of Creation”, traz um protagonismo precioso das guitarras confabulando com intentos étnicos primordiais. Isso até a sensibilidade novamente tomar conta das ações, e presenciarmos um dos momentos mais lindos dos últimos tempos nessa seara de instrumental-jazz-fusion. O término da narrativa acolhe momentos de terna razão intimista, com arroubos da simbiose empregada até aqui novamente em perspectivas épicas. O trompete remetendo a “espasmos flamencos”, denota a amplitude sonora que estampa o nascimento da criança fruto das agruras cometidas pelo encontro de duas entidades poderosíssimas!

Temos aqui um daqueles trabalhos que já nasce com o status indubitável de CLÁSSICO, perante este acontecimento SENSACIONAL! Fatalmente encaminhará seu nome para dimensões estratosféricas, chegando até os recantos mais inóspitos do planeta, porque TODOS precisam imergir nessa experiência!!! Disponibilizado abaixo:      

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