Confira a estreia versátil de Jayceeoh

Discos de estreia podem nos surpreender muitas vezes pelo fato de o artista estar em seu momento mais enérgico e com a criatividade pedindo pra sair. Dificilmente vem algo insosso ou sorumbático. Mas tem os lados apreensivos, que são os de acerto ou aprovação, enfim…

Muitas vezes acreditamos, que por ser uma estreia, não se trata de artistas e/ou bandas experientes. Não é bem assim. Muitas vezes estes artistas ou bandas estão na estrada há muito tempo, seja em suas próprias carreiras ou como músicos de apoio, muitas vezes até mesmo apenas compondo, seja para outro artista ou trancafiados em seus quartos.

Logo, experiência não se resume apenas a gravar e sair em turnês. “Twilight Nine” é o primeiro trabalho do DJ Jayceeoh. Mas, ao ouvir o disco, nem se passa na cabeça isso, tamanha a boa estrutura e produção que o trabalho tem. Sem exagero, é de um equilíbrio impressionante.

Outro ponto fundamental, é a construção do repertório, onde notamos perfeitamente que ele escolhe faixas que vão crescendo no tracklist gradativamente, começando com mais introspecção e deixando que as canções se soltem ao desenrolar do trabalho. E o mais bacana, as músicas crescem naturalmente, sem forçar em nenhum momento.

E estamos falando de música eletrônica mesclada com hip-hop, além de trazer diversas facetas do estilo. O ouvinte irá ouvir house, dance, synthpop e muito mais, porém quase sempre mesclado. Faixas com letras, outras instrumentais para alimentar as principais filas de dança se entrelaçam em um disco que soa principalmente atual.

Difícil destacar uma ou outra composição, mas ao ouvir “Twilight Nine” a fundo, dá pra notar que algumas destas faixas estão um passo a frente. O primeiro caso é de “Million Places”, um hip-hop diferenciado, com elementos da música oriental, R&B e afro-beat, que bota o ouvinte pra dançar já no início.

Já “Sandcastle” mostra uma forte veia pop, com um clima atmosférico impressionante. De batida pulsante, quando cresce, a faixa mostra um apelo emotivo bem interessante e flerta sem dúvidas com o synthwave. “Picture Me Rollin” traz mais hip-hop pra pista, com um sintetizador viciante.

Aliás, “Gems” é um rap que bebe na fonte ‘old school’ do estilo, e mostra um lado mais inóspito de Jayceeoh, enquanto “Anything” fecha o álbum de uma forma bem bacana e sóbria, com um trabalho de sintetizadores espetacular. Versátil, a estreia do artista ganha em cores, tem leves toques psicodélicos, mas, acima de tudo, é musicalmente genial.

https://www.instagram.com/jayceeoh/

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