O aclamado produtor, artista musical, cantor, compositor e multi-instrumentista radicado em Nova York, Kelsey Warren, é o cérebro por trás da alcunha BLAK EMOJI. E podemos enfatizar com precisão que trata-se de um dos artistas mais incensados dos últimos tempos, não apenas pela qualidade que acaba aferindo em seu processo de composição, mas principalmente pela coragem e total ausência de temor em diversificar a sua obra.
Sua base mais sólida concentrou-se em sonoridades que mergulham na essência primal da história black americana, como soul, R&B e jazz, onde neste ínterim acabou intensificando suas pesquisas frente a outras possibilidades que surgiam em cenários dos mais díspares possíveis, como a música eletrônica, hip-hop e punk, e esse processo incandesceu em material absolutamente transgressor e de altíssimo poderio sinergético!
BLAK EMOJI é a total efervescência de um “arquiteto musical” que atenta para outras construções que não são de sua sequência, e também o mergulhador que não tem medo de explorar outros mares ao se redor. Esse processo rendeu o seminal álbum “Antidote”, um conjunto primordial de onze faixas de caráter absolutamente irrepreensível em seu paradigma primal, explorando todos os preceitos possíveis de eletrônica num “liquidificador sonoro” de contexto apocalíptico e altamente sedutor.
Este registro que deu muito o que falar, acaba de receber uma edição de luxo totalmente a altura deste material revolucionário ao extremo e que foi abraçado em todo o planeta, seja no esfumaçado circuito underground dos clubes, até dos grandes DJs que atraem multidões com seus eventos ao ar livre de alta potência pirotécnica. Nós do portal Music For All ficamos extremamente tocados com este disco desde o seu lançamento em 2021, e essa repaginada nos deixou ainda mais emocionados com a potência do conteúdo. Iremos esmiuçar com carinho cara uma dessas faixas para vocês abaixo, pois com certeza se sentirão tão impactados quanto nós nesta viagem rumo ao desconhecido…
A abertura com “Fox Trap” tem uma distorção sintetizada que abala totalmente nossas estruturas, promovendo uma viagem sensorial sem precedentes. Ainda mais no “duelo” furtivo perante os beats completamente ensandecidos, onde “distúrbios ambient” com ares de trilha-sonora protagonizam este caminho repleto de incertezas, mas amplificado de motivações que nos gritam em nosso subconsciente: AVANCEM!
“Quarantine” tem uma progressão rítmica ensandecida, tal qual uma “montanha-russa desgovernada”, com os vocais soturnos do artista declamando a narrativa defronte toda esta belíssima sinfonia do caos. Sintetizadores em profusão “atacam” a melodia primal com requintes esfuziantes de criatividade, onde várias quebradas de cadência proporcionam um espasmo rítmico com efeito de um elemento surpresa para o ouvinte. Eletrônica e rap num namoro de altíssima temperatura aqui!
Voltamos aos synths de alta proporção em “Dance Dusk Dawn”, altas explosões são promulgadas em meandros incessantes, mas com um detalhe: temos um vocal de preceitos altamente melódicos aqui, com linhas suntuosas que expressam toda a “manha” do artista com relação aos cantos que provém da alma na música negra. Uma electro-soul de rara excelência que faria o saudoso mestre Prince dar um sorriso de orelha a orelha! Ensejos futuristas rezam a tônica de “MDMA”, onde simultaneamente que se acena direto para as pistas frente ao groove irresistível, o petardo impressiona pela “cerebralidade” emanada.
E novamente temos as teclas sendo “marteladas” em conjunção hipnótica, determinando uma perspectiva sci-fi que exala camadas atmosféricas de altíssima densidade em “Sick”! O ritmo frenético de “The Sauce” dotado de alta congruência pop, só reforça o quanto este trabalho exaure personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística grandiosa. “Dolls” expressa pretensões progressivas junto a inclinações hip-hop ao simular a ação de vários scrath defronte o processo. Passamos da metade do álbum e boquiabertos nos encontramos deveras surpresos por saber que ainda temos MAIS pela frente, INCRÍVEL!
“Apocalypse” mergulha num ensejo frenético desprendendo lisergia pelos poros! É impressionante como em preceitos minimalistas dentro da proposta, parece que somos acometidos de uma magnitude sonora de fins orquestrais, tamanhas as similaridades que são aportadas veementemente no processo. “Perspective” exaure uma sensualidade com groove instaurado dentro de camadas etéreas de altíssimo poderio. E temos o vocal brilhante desmitificando altas doses de sofreguidão emocional perante todo esse cenário poderoso ao redor!
Como o próprio título determina, as perspectivas são as mais proeminentes possíveis em termos de expansão sonora. “Esoteric” nitidamente ruma para um paradigma new-wage/ambient, mas com ares cinematográficos em sua extirpe, construindo uma base visual extremamente proeminente perante nossos olhos. Somos devidamente elevados mediante este registro irretocável em sua construção conceitual. Nada poderia ser mais fidedigno a esse título escolhido!
A grande encore desta verdadeira OBRA-PRIMA se dá através de uma bonus-track adentrada em parâmetros funk-espacial, rememorando grandes momentos da lenda Parliament, e fazendo nossa transpiração alçar os patamares mais estratosféricos possíveis, pois é impossível mantermos nossos pés fincados no chão e não “sacudir nosso esqueleto” como se não houvesse amanhã… BLAK EMOJI, e sua edição de luxo “Antidote” é simplesmente SENSACIONAL e merece ser alçado aos recantos mais inóspitos do planeta! Disponibilizado abaixo:
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