Percebemos nos últimos tempos um aumento substancial dos trabalhos de composição emulando instrumental de piano, algo que em épocas remotas se mostrou uma premissa de grande popularidade. Quem não se lembra dos trabalhos exultantes do mestre francês Richard Clayderman, que conseguiu levar sua obra para um preceito mainstream que realmente impressiona em seus feitos: um total de sessenta e cinco milhões de discos vendidos pelo planeta! E por incrível que pareça, apesar de estarmos longe (por enquanto!) deste prognóstico, percebemos que os ouvidos estão mais intentos a este tipo de proposta, tendo este instrumento mágico como protagonista de canções realmente suntuosas que irradiam beleza e sensibilidade em seu arquétipo sinergético.
Podemos creditar bastante a pandemia, onde o isolamento mediante aquele momento de incertezas, temor e medo pelo futuro, levaram as pessoas a tentar mecanismos dos mais diversos para relaxar, e a relação com a música entrou neste estigma. Vindo de um momento vigente no qual o excesso de informação e a aceleração imperam, retomar o ritual nostálgico de realmente mergulhar na música com audição atenta, acabou sendo uma premissa sólida para um número quantitativo bem sólido.
Recentemente tivemos uma pesquisa que atestou que trinta segundos é o tempo médio que as músicas são ouvidas nos canais de streaming, então obviamente este furor envolvendo a música instrumental parte de todos esses estigmas que acabamos de citar, como uma espécie de contraponto. Neste interim, o musicista radicado em Cupertino, Allen Kai-Lang Yu, que atende pelo nome artístico ALLEN YU, depois de um longo período sem lançamentos, se prezou a produzir um álbum que realmente IMPACTA pela magnífica conjunção desprendida.
“Winds of Change” é um conjunto magnânimo de doze petardos realmente INCRÍVEIS em seu discorrer, exaurindo personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística grandiosa. O resultado da colaboração com o pianista Victor Hugo Morales toca tão profundamente, que nós do portal Music For All resolvemos esmiuçar cada uma dessas faixas para vocês abaixo. Não temos dúvidas que trata-se de um acontecimento, e estará em todas as relações possíveis de “Melhores de 2023” ao final deste ano!
Os trabalhos se iniciam com “Whispers of the Wind”, com as teclas do piano remetendo a preceitos da cultura japonesa, adornados devidamente com prerrogativas românticas, modernas e altamente sedutoras. É realmente um cartão de visitas dos mais prolíferos termos esta preciosidade na introdução deste disco. Somos devidamente “abduzidos” para uma jornada sensorial sem precedentes, tamanho o poderio desprendido neste arranjo onde fica perceptível que o caminhar está plenamente a serviço da composição, deixando os maneirismos e virtuosismo em segundo plano.
“Tango Fantasia” como o próprio título sentencia, homenageia o gênero musical que praticamente simboliza a Argentina, fazendo bonito DEMAIS em sua sensualidade e dramaticidade amplamente naturais, uma característica primordial do estilo. As quebradas de cadência promovem contrapontos de estados que realmente mergulham numa sofreguidão emocional astuciosa, comovendo e simultaneamente empolgando e promovendo a dança em questão nesta experiência realmente enaltecedora.
“Peoples and Traditions” é pungente em seu discorrer carregado de profundidade, com a sensibilidade sendo devidamente emanada em cada toque preciso na tecla. Com ares de trilha sonora, remeteu nas devidas proporções a “Somewhere in Time” da lenda John Barry, eternizando o filme com as belíssimas imagens protagonizadas pelo saudoso Christopher Reeve. “A Fairy’s Tale” em perfeito encadeamento, continua a saga emotiva da faixa anterior, onde uma expressão vívida em seus desdobramentos, novamente nos leva a um misto de lágrimas com sorriso de orelha a orelha.
“Cityscapes” traz um escape de tranquilidade inenarrável em palavras, é necessário mergulhar “em águas profundas” dessas melodias ter esta total dimensão. “Pastoral River” retoma a melancolia cinematográfica instaurada anteriormente, e promove um espetáculo de dimensões estratosféricas, com cada suntuosidade emanada nos fazendo agradecer por tamanha “benção musical” aproveitando a inspiração destas festividades tão emblemáticas ao redor do planeta. “A Joyful Ride” trafega por instâncias pop envolventes e reverberadas em vibração de altíssima temperatura, mas obviamente sem perder a ternura, como é de praxe em se tratando deste fenomenal encontro de gênios musicistas e compositores.
“A Mother’s Voice” diz bastante em seu prognóstico sensorial ao que o autor reforçou perante o trabalho como um todo: “A chave para a paz é reconhecer a nossa humanidade comum, os nossos laços comuns, o nosso destino comum… Quanto mais reconhecemos, , menos teremos medo, mais mais chance de podermos dar uma chance à paz.” PERFEITO! “Foggy Bay” aquece nossos corações em melodias profundamente amorosas, como se representasse um acalanto essencial de nosso âmago para as relações sociais, afetivas e familiares.
“A Spiritual Walk” mantém o espiral de genialidade desprendido nesta jornada até então, com um feeling exasperado que ratifica seu talento personalizado para composições tão instintivas e promissoras. “Desert Gala” novamente adentra em insights de contemporaneidade furtivos, acentuando sua diversidade autoral, enquanto a grande encore “Leaves in the Wind” é a grande “cereja do bolo” para encerrar uma experiência tão mágica! Que chegue aos recantos mais inóspitos do planeta, porque é ESSENCIAL e SENSACIONAL! Disponibilizado abaixo:
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