Haqibatt: saiba tudo sobre a viagem surpreendente e incrível do álbum “L’Electronique des Songes”; confira

Se tem uma característica primordial que cerne o momento atual do panorama musical mundial, é a OUSADIA! Uma projeção de artistas da nova geração simplesmente ignoram em seu dicionário a palavra TEMOR,  seja por soar mais acessível ou experimental, mergulhar em um espectro de diversidades sedutor, soar personalíssimo na questão visual/performática e imprimir verdade notória em seus projetos conceituais que resvalam nas composições. A PERSONALIDADE cada vez mais rege os rumos do cancioneiro atual, trazendo para esta década que iniciamos recente, resultados primorosos e que trazem uma perspectiva de um período de glórias frente as produções mundo afora.

O electro-jazz-groove do duo francês HAQIBATT, é um desses exemplos de sonoridade que arrebata aos primeiros segundos de execução, pois o resultado final é amplamente impactante em seu prognóstico sensorial! “L’Electronique Des Songes”, seu lançamento recente em formato de álbum, norteia-se por um poderoso conjunto de seis faixas magistrais, onde a “abdução” para um cenário elegante e instigador, se constrói de forma absolutamente automática. Não trata apenas do contexto óbvio de “música sendo concebida e divulgada”, mais um acontecimento único na história recente ao realmente trazer paradigmas embebecidos em novidade mediante o trabalho promulgado. Foram seis meses de criação artística que não passarão incólumes, e precisamos DEMAIS esmiuçar isso para vocês!

A percussionista Selma Doyen e o baixista Christophe Piquet, embarcam em uma viagem sinergética que além de mostrar o grande potencial enquanto instrumentistas INCRÍVEIS que são, também apostam em paradigmas que buscam a conexão espacial para oferecer uma experiência absolutamente inédita para o ouvinte. A abertura “Lá Quetê dos Palmidès”, inicia com um duelo meticuloso e minimalista adorável entre baixo e sintetizadores. Não são necessário muitos segundos a mais para sermos absolutamente captados! Piano e groove dialogam furtivamente até o ataque precioso dos intentos eletrônicos, onde a quebrada de cadência desprendendo uma camada atmosférica regida por batidas tribais concisas, além de proporcionar um capítulo a parte, promove um elemento-surpresa absolutamente sedutor, ainda mais com a atmosfera neo-jazz que se instaura em caráter de excelência!

Além da percepção futurista desprendida, temos intentos ambient primorosos, que trazem automaticamente uma perspectiva de trilha-sonora. E não temos medo em podermos estar sendo pretensiosos: se existe um futuro para o jazz, está AQUI, nesta prerrogativa progressiva e que produz imagens gradativamente abstratas em nosso sub-consciente, resultante do diálogo assimilado perante todas essas frentes citadas. Os quase oito minutos desse petardo instrumental nos deixam uma sensação intermitente de QUEREMOS MAIS, porque é simplesmente GENIAL, não existe dúvida com relação a isso!

“Cyclostorm”, é atmosférica e suave em seu início, mas conforme os elementos vão arrematando para participação em mais um duelo carregado de coesão, a climatização de ficção-científica toma conta do conceito, com mais explicitações de elementos da natureza e synths carregados de mistérios. O baixo só não abandona sua perspectiva funk e os DUELOS (teremos que repetir esse termo algumas vezes, porque é exatamente isso que ocorre) continuam acontecendo em instâncias memoráveis! E toma mudanças de estação e direcionamentos, é como se estivéssemos sendo teletransportados para diversos cenários de forma abrupta, mas com uma competência primorosa que contribui para o processo ser delicioso como um todo.

“Watten Walzer”, começa com o DUELO (novamente!) entre baixo e piano, onde os beats eletrônicos e prognósticos experimentais são desprendidos sem o mínimo TEMOR (outro termo já utilizado para designar o trabalho do HAQIBATT!). O processo resultado pela dupla, sobrepõe loops instrumentais a um “liquidificador sonoro”, com a progressão hipnótica tomando rumos absurdamente poéticos. O contexto que muitas das vezes nos adentra numa jam-session de fins celestiais, merece todo o crédito perante a atuação fantástica do baterista Jérémy Steibel (banda Odonata). Os diálogos ficam mais inflamados defronte tamanha técnica e real capacidade de improviso.

“Recto Verso”, impacta com a resplandecência roqueira afiada na batida inicial, para depois novamente se tornar esse processo indecifrável e carregado de beleza quando afirmam-se os outros instrumentistas devidamente “possuídos”. O paradigma eletrônico cede lugar a jazz-fusion de proporções mais clássicas, e remete a alguns ensejos do saudoso mestre Chick Corea. Mas sem semelhanças óbvias, o processo  é SEMPRE exaurido em personalidade, denotando uma identidade artística que é realmente FORMIDÁVEL em seu poderio! As batidas tribais que crescem em parâmetros avassaladores juntamente ao piano e exercendo protagonismo, é um dos momentos mais envolventemente explosivos que todos que terão acesso pela primeira vez, encontrarão nos últimos tempos… SENSACIONAL!

“Les doutes de i’heure bleue”, surpreende novamente ao partir para inclinações mais singelas e suaves, mas nada que retire a plenitude instigadora das criações do grupo. E tome marteladas incríveis no piano! A encore “Moontais”, ressignifica TUDO que foi apresentado até então e coroa toda a maturidade musical desprendida pelo grupo de Strasbourg, em mais um espasmo de diagramações sensoriais simplesmente ESPETACULAR! “L’Electronique des Songes” é para ser mergulhado em toda a sua plenitude essencialmente, não podemos estar nesse mundo sem participar desta verdadeira celebração musical de níveis interplanetários! Disponibilizado abaixo: 


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