“Hornatia” é um espetáculo sensacional. Love Bailey compôs uma música vibrante e em tons quentes, para que a obra audiovisual soasse tão fantástica, quanto o lirismo. E tudo cintila e emana calor por aqui; das convidadas, Goddess Obiani e Wowashwow, ao balé monumental coreografado para a performance.
E acima de qualquer adjetivação para as imagens, é importante deixar claro, que o trabalho que vemos é impecável. “Hornatia” fala abertamente sobre sexo, sobre o corpo e sobre comportamentos libertadores. Não teme nenhum julgamento e nos guia por uma seqüência, enérgica e catártica, de cenas pra lá de tórridas.
Bailey avisa: se você quer sentir de verdade, perca o controle! Sua mensagem combina perfeitamente com o som sedutor dos saxofones e amplia os vocais, que lançam seu feitiço no ouvinte. Dos sussurros aos tons potentes, o show é completo. Cordas, metais, bateria: uma combinação sonora, que arranca suspiros.
“Hornatia” é um jazz house, que provoca sorrisos em alguns momentos, como a artista servida como o prato principal. Há o objetivo de mostrar o empoderamento sexual e sexo seguro também, mas a caracterização das personagens nos informa que somos donas de nossos corpos e nascemos para brilhar.
Love Bailey é um poço de criatividade e uma artista preocupada e inclusiva. Cada detalhe de “Hornatia” transparece sua dedicação e busca, por outros talentos que dividam sua intenção em demonstrar como é necessário falar sobre a feminilidade (e sobre respeito e direito), das mulheres e mulheres trans.
O figurino é outra atração deste videoclipe. Dos vestidos deslumbrantes à fantasia de crustáceo hilária, nos vemos apaixonados com o colorido. A maquiagem luxuosa impressiona e a cobra nas cenas finais colabora com a beleza da fotografia.
Fica o convite para que apreciem, tanto quanto nós, a casa dos prazeres de Love Bailey, com suas plumas e paetês, seus saltos que soltam faíscas e toda a resplandecência de “Hornatia”.
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