“Nunca desista dos seus sonhos”. Esta é a primeira mensagem que o veterano rockeiro Stuart Lawrence, fala às pessoas. Antes de mais nada, é importante saber que este “One” é o primeiro trabalho de estúdio deste cantor britânico de Fareham, Hampshire (ING). Apesar de sua longa paixão pela música, só agora veio ao grande público revelar um pouco da sua arte. “Eu ficava dizendo ‘um dia farei isso’, mas esse dia parecia nunca chegar. Foi então que um dia eu me perguntei, ‘se não for agora, quando será?’. Então aqui estou, antes tarde do que nunca”, disse o animado cantor.
Lawrence não achou que seria tarde para compor e, de um tempo para cá, começou a se empenhar ao máximo nas composições. “Eu não sou um velho ‘rockeiro encaliçado’ que minha aparência pode sugerir, isso é bastante novo para mim e uma nova jornada. No entanto, escrever músicas acontecia naturalmente para mim, desde muito tempo. E agora, nos últimos anos, voltou a ser minha paixão, por isso construí um repertório considerável”, informa o veterano. Sobre o seu modo de compor, o cantor inglês faz uma analogia. “Agora, isso pode parecer um pouco bobo, as canções que escrevo aparecem-me como os espíritos, parecem uma clarividência. Eu sou apenas o meio pelo qual eles emergem de seus esconderijos em outros mundos.”, compara. Em outra analogia, ele trata as suas ideias como crianças em crescimento. “Meus dedos se movem autonomamente sobre o braço da guitarra, enquanto estou pensando profundamente ou meio adormecido e, de repente, percebo que uma nova melodia apareceu. Elas são então como crianças que eu crio com ternura e elevo até a maturidade”.
O fato de ele “criar” e “educar” essas “crianças”, como ele chama as suas músicas, é um dos motivos pelo qual decidiu “libertá-las” para o mundo. “E por isso achei importante encontrar coragem para gravá-las. Eu não quero ser uma estrela do Rock, só quero que as músicas e melodias tenham uma chance de prosperarem. Parece que agora que estou lançando-as em CD e on-line, também estou lançando-as como se as estivesse libertando. Espero sinceramente que você goste delas”, deseja Lawrence, que já deve estar pensando como a sua música chegou a vários lugres distintos em tão pouco tempo. Da minha parte, já posso adiantar, que o simples fato de o álbum ser bom já é o suficiente para ele ganhar ares pelo mundo. Então, vamos a ele!
O álbum “One” é composto por doze canções de grandes melodias, como a própria faixa título que abre o disco. E o que está em destaque nesta música é a cozinha pomposa com um baixo maravilhosamente melódico. A seguinte, “Tanuja” segue a linha balada e, a esta altura, você começa a entender porque Lawrence não usa critérios para estruturar as suas músicas, pois aqui você já sente tudo fluir livremente em sua alma. No momento em que você se encontra em estado relaxante pelas duas canções anteriores, começa “To the Limit”, uma forte candidata a hit, que possui um riff mais empolgante. Embora o cantor utilize linhas melódicas para alcançar a sua alma, se percebe que parte de sua magia também faz balançar o espírito com canções como esta. De maneira quase idêntica, “If I Stay” chega trazendo um híbrido entre um estilo mais delicado e outro mais agitado. Essa parte da agitação fica por conta do clima rocker da música, enquanto que a delicadeza vem do som da voz do artista, que se define em ondas de um grave peculiar. Isso abre até terreno para a próxima execução, “Jail Keeper Eyes”, que explora bem essa técnica vocal calma e confortante para quem ouve. É provável que este álbum desperte a atenção também de outros músicos, que procuram inspiração para suas composições, pois em músicas como “Screaming Blue Murder” existem construções passíveis de estudo, pela beleza. No momento em que a aura faz ligação entre você e o álbum numa gostosa sintonia, “Children of the Night” surge com uma proposta mais Pop, dando um leve estalo no seu transe. Mas “Is This What They Call Love” logo põe você novamente a navegar pelas ondas brandas da melodia. Mas, novamente seguindo um contraste, “Avoiding Traffic Jams” chega com o solo de guitarra mais lindo do disco, sequenciada por “Questions”, que faz parte da sessão balada. A propósito, estava faltando aquele toque de Rock Progressivo no álbum, e “Heart Might Break” chega para preencher essa lacuna. E todo esse portifólio de belas canções, ótimos riffs e, sobretudo, gostosas melodias, é finalizado com “Chasing Dreams”
Para um álbum de estreia que, aliás, tem um nome bem sugestivo, “One” transcende expectativas e deixa Stuart Lawrence em uma condição no mínimo privilegiada entre os grandes músicos compositores. Se em seu debut, o trabalho se apresenta como uma pedra polida e preciosa, imagine o que pode vir por aí.
Para conferir “One”, clique abaixo:
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