O duo dinamarquês radicado em Copenhage, BlackieBlueBird, é um dos nomes mais incensados frente ao cenário alternativo mundial, por sua diversidade musical que eclode em uma simbiose de gêneros dos mais díspares com total coesão. A trajetória do bardo formado pela vocalista Heidi Lindahl e o compositor Nils Lassen, é realmente marcada por uma infinidade de grandes composições perante seus dois álbuns anteriores (“Ghost River” e “Goodbye in July”), além da química irrefutável que é desprendida neste verdadeiro encontro de almas.
O contexto artístico apenas é uma extensão deste processo que obviamente encanta com sua similaridade declamada ao trabalho de grandes lendas como Nick Cave e Enya… Mas sempre exaurindo personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística grandiosa! Sua mais recente empreitada em formato de álbum, representa alguns passos a frente nesse processo tão prolífero. “Grace & Gravity” é um poderoso conjunto de dez canções absolutamente irrepreensíveis em seu desenrolar, e que toca o ouvinte profundamente das maneiras mais variadas que se pode comensurar.
Aliás, nós do portal Music For All ficamos profundamente tocados por esse material, e vamos esmiuçar para vocês todas as faixas deste disco realmente MAGNÍFICO em sua construção conceitual e musical. BlackieBlueBird e seu “Grace & Gravity”, é um dos grandes acontecimentos dos últimos tempos, e não temos dúvidas que irá figurar em todas as relações possíveis de “Melhores de 2023” ao final do ano!
“The Morning After” abre os trabalhos mediante um riff que emana patamares étnicos envolto em camadas étereas altamente sedutoras em seu prognóstico. O diálogo perante a voz SUBLIME de Heidi Lindahl, proporciona uma jornada sensorial sem precedentes, com as melodias desprendendo premissas vibracionais deveras envolventes. Uma certa melancolia poética cerca o refrão repleto de ecos carregados de mistério, como se estivéssemos desenvolvendo nossa experiência no interior de uma caverna! Guitarras tomam seu protagonismo e conduzem a viagem para parâmetros de dimensão épica, caracterizando uma mudança busca de paradigma que nos surpreende… E IMPACTA!
Os vocais entusiásticos com arpejos intimistas abrem os trabalhos de “Mesmerized”, e simplesmente temos uma aula de como produzir uma canção com graus elevadíssimos de resplandecência pop. As harmônicas trafegam por instâncias lisérgicas e temos um refrão de excelência: grudento e perfeito para ser bradado entusiasticamente por uma multidão ensandecida. Sabe aquelas canções que já nascem com o status indubitável de HINO instantâneo, tamanho o poderio emanado? Pois é, exatamente o que presenciamos nesta pérola INCRÍVEL aqui!
Como o próprio título determina, “The Love We Once Knew” é um registro singelo, que emana uma sensibilidade de extrema delicadeza em seu desenrolar. Remete bastante a canções francesas nostálgicas, assim como o cenário esfumaçado sinergético, onde percebemos também uma inclinação sutil para o estigma trip-hop. É simplesmente uma PRECIOSIDADE, criada para nos fazer “levitar acima das nuvens” em seu patamar sensitivo!
“Mamachild” é outro exemplar de imponência musical: um arranjo simples, mas defronte esta voz FANTÁSTICA, contribui para que tudo soe grandiloquente ao extremo. Não podemos deixar de destacar o vocal de timbres suntuosos, feeling exasperado com doçura e sensualidade, doses precisas de sofreguidão e técnica elevadíssima! A quebrada de cadência nos “capulta” para um caminhar rumo ao desconhecido, tamanha a sensação de mistério eminente desprendida. MAGNÍFICA!
“I Can’t Stop Drinking Abbout You” novamente nos encaminha para um diálogo franco entre nostalgia sessentista e permeios de contemporaneidade, com aquela doce melancolia de outrora… Figuraria fácil no repertório da lenda escocesa Belle & Sebastian! IRRESISTÍVEL! E pensar que todo esse estigma arrebatador que nos acomete, sedá exatamente na METADE do álbum, tem muita coisa para rolar ainda…
A leveza de “Oh Suzanna” carrega tintas folk-country em patamares hipnóticos, com o refrão se desdobrando em genialidade através do MARAVILHOSO jogo entre as vozes. Novamente ficamos boquiabertos com a capacidade em formatar canções através de melodias únicas que emanam criatividade, apesar da simplicidade aparente. “Tired Hangs The Head” retoma a sonoridade soturna e desmembrando volúpia nos acordes, e arrebatando as estruturas com outro refrão para se aplaudir de pé! Inevitável não se teletransportar para uma platéia com suas lanternas de celulares ligadas, promovendo aquele adorno geral de proporções visuais inenarráveis, tamanha a beleza desprendida.
Preceitos folclóricos rezam a tônica de “Boy Of a 1000 Tears”, mas com aquela camada de efeitos e ecos que corroboram para um preceito sensorial poderoso. A verve poética transita como os próprios autores discorrem, por histórias refutadas em “ecos de amor e da saudade, dos alôs e das despedidas enganadoras. Resumindo, desejo, amor, vida e perdas”, e esse conceito cai como uma luva na multiciplicidade arquitetônica musical do BlackieBlueBird.
“Love Me Like You’ve Never Been Hurt” trafega como uma marcha pelo amor, onde uma legião com seus sopradores de bolhas de sabão pelas mãos, ao executar o ato somos surpreendidos com corações nesta ação. Nossa descrição pode soar psicodélica, mas é tudo tão MÁGICO que esta foi a imagem imediata que se construiu em nossa frente. ESSENCIAL este petardo que nos emociona abruptamente! UFA! A SUBLIME encore “Snowwhite Swan” sintetiza tudo o que vivenciamos nesta experiência simplesmente SENSACIONAL traduzida em canções da mais alta extirpe. Fatalmente alçará seu nome para dimensões estratosféricas, chegando até os recantos mais inóspitos do planeta! Disponibilizado abaixo:
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