O bardo multi-étnico radicado em solos italianos do polemica, é uma das instituições musicais mais instigantes surgidas nos últimos tempos! Promovendo uma simbiose de referências das mais díspares, mas exaurindo personalidade pelos poros, denotando a poderosa identidade artística promulgada, suas empreitadas nunca parecem acontecer sem um cataclisma especial: tem sempre algo original a dizer e sucessivamente impactar frente a produção sonora desprendida. Seus lançamentos frequentemente geram bastante expectativa mediante público e crítica especializada, como o último álbum “Herstory in 3 parts: Repeat, Remove, Create,”, há dois anos atrás. Projeto lançado durante o bloqueio instaurado na pandemia, que freou turnês subsequentes que vinham se alinhando com sucesso por países europeus.
Aliás, quem da classe artística não aproveitou esse período para desopilar ansiedade, tensão e muitos demônios internos daquele período de triste memória frente ao mundo e ainda aproveitar um ócio inédito para quem está acostumado a viver incessantemente na estrada? Mas agora temos uma novidade daquelas para transmitir a vocês: BREVE, para ser mais preciso no dia 30 de setembro, o polemica estará lançando seu terceiro álbum autoral denominado “…and now…”! Nós do Music For All tivemos exclusividade nesse material e para suscitar ainda mais ansiedade em todos, faremos aqui abaixo um faixa a faixa discorrendo frente as nossas impressões de mais um trabalho memorável do grupo…
A abertura faz jus ao título da canção, com a palavra “Paranoia” sendo exaurida desde os primeiros instantes como uma espécie de mantra do caos, principalmente com o ataque guitarrero em prognósticos hipnóticos e a batida cadenciada, pesada e precisa. Mas logo em seguida somos devidamente “atacados” por uma propulsão de quebradas de cadência em instâncias lisérgicas e garageras, mostrando todo o potencial de diversificação conceitual brilhantemente emulado pela banda!
A insanidade fenomenal dos vocais de Hilary Binder, além da total ousadia na contextualização das linhas, é desmembrado em timbres belíssimos, feeling exasperado, doses precisas de sofreguidão emocional e técnica em níveis elevados. O respaldo pós-punk/garagero simultaneamente que bebe em suntuosa nostalgia oitentista, dialoga profundamente com instâncias contemporâneas em virtude da ousadia promulgada! É um frescor de ineditismo que nos faz ter a sensação eminente de um HINO alternativo estar surgindo perante a história, tamanho o poderio de excelência instaurado. “Paranoia” é esfumaçada, lúgubre e ao mesmo tempo incisivamente vibrante, INCRÍVEL!
Em “the vote”, enveredamos pelo funk/noise embebecido em elegância, e despretensiosamente acenando para as pistas em caráter sublime. Vale destacar o refrão de paradigmas imponentes: ares sutis de arena, grudento e perfeito para ser gritado a plenos pulmões por uma multidão ensandecida! Aqui temos swing para dar e vender! “bad habit” envereda por caminhos experimentais numa parede sonora completamente quebrada e disruptiva, mas que quando “explode” caminha por percalços garageros embargados em psicodelia, e contando com uma dramaticidade simplesmente sedutora na estrofe primordial. Ficamos até sem ar, porque a sucessão de petardos irrepreensíveis em sequência é realmente impressionante. E pensar que não chegamos ainda na metade do disco…
“roe v… wade” envereda por uma metralhadora giratória vocal com o efeito de montanha russa desgovernada, até que “caímos no buraco da Alice” e viramos a chave com um clima que remete ao vaudeville… Impressionante! E sempre com aquele estado catártico que nos convoca para tirarmos os pés do chão e mergulharmos de cabeça com o peso das guitarras tomando conta do ambiente, e duelando com a voz deveras essencial da vocalista.
“good ridance” tem aquele riff melódico que promove uma jornada sensorial irredutível em nossas mentes, tamanha a força emanada. A camada atmosférica e o preceito “viajante” dialogam sutilmente com a cena trip-hop, muito evocado pela sensualidade natural que é promovida por esta experiência gradativa que alça patamares épicos inestimáveis! A linha de baixo é um espetáculo a parte, expurga a genialidade que contribui para este registro absolutamente memorável.
“it’s our time” é pauleira pura, “quebradeira” roqueira em níveis que beiram a selvageria poética, convocando nossos sentidos para simplesmente se soltar perante as amarras que a vida nos propõe. Inevitável não remetermos imediatamente para movimentações como stage-dive, mosh-pit, punhos cerrados dando socos e bastante transpiração!
“isolation” é uma semi-balada onde o canto singelo de espectro doce e sussurrado, denuncia estados de solidão como aquele que rememoramos sobre a pandemia no início desta matéria. Mais um momento RESPLANDECENTE desta obra-prima que é “…and now…”!
“winter whispers” adentra em prognósticos profundos e imersos em sensibilidade furtiva. Impressiona como o polemica consegue com tanta maestria alternar estados alterados de percepção e expandir sua cadeia criativa como raios emanados pelo sol. São muitos “coelhos tirados da cartola” neste trabalho magnífico! Linda canção e outro GRANDE momento.
“war is anachronistic” merece figurar na prateleira de todos os hinos garageros/alternativos que se destacaram ao longo da história. Aliás, Mike Patton e seu MR. Bungle, Sonic Youth e cia, amariam ter esta “pedrada” no seu repertório. Abalo sísmico de estruturas total! E novamente um refrão AVASSALADOR, é impossível em segundos não estarmos vociferando ao máximo limite que nossas cordas vocais possam aguentar… ESPETACULAR!
E a encore “tranny me”, uma balada singela e emotiva ao extremo, fecha com chave de ouro este verdadeiro ACONTECIMENTO da música mundial. Você que acabou de ler a nossa descrição até aqui, sabe que temos algo SENSACIONAL neste projeto, e no dia 30 de setembro é ESSENCIAL que adentre neste universo de cores das mais vívidas do polemica. Um dos lançamentos mais imponentes dos últimos tempos e que fatalmente irá figurar em todas as relações de MELHORES ao final de 2023!
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