O artista e agitador cultural americano Ellery Twining, mergulhou com louvor em sua estreia solo na empreitada anterior, “REVENGE”, angariando uma grande visibilidade de público e crítica especializada. Obviamente quando acontece esse fenômeno extremamente bem sucedido, no qual em um debut presenciamos uma maturidade musical que realmente impressiona a todos, sempre existe uma expectativa das mais prolíferas com relação a próxima empreitada deste projeto.
Ainda mais uma mente inventiva e trazendo propensões diversificadas com esmero exultando coesão, como a criação “arquitetônica-musical” de Ellery Twining, onde a palavra promove um duelo instigante perante o instrumental, suplantando um resultado que realmente imprime arquétipos sensoriais de intentos explosivos promulgados! O mais recente lançamento em formato de álbum, o exultante “RESULTS”, traz um esmero ainda mais desafiador perante as incisivas nove faixas que compõe o material. Não temos dúvidas que trata-se de um dos grandes acontecimentos do ano, e fatalmente irá compor uma infinidade de listas referentes a destaques ocorridos ao final de 2023.
A abertura com “Sixth of January” inicia com esmeros de natureza ambient e permeando por estruturas garageras experimentalmente sólidas! E o elemento surpresa já se faz presente, com violões inclinando o corpo instrumental para um cenário otimista e carregado de cores das mais vívidas. A voz declamada corrobora para um aspecto singelo mas vigoroso simultaneamente, desprendendo beleza e climatização instigante perante o circuito dessa viagem instigante que resulta em um crescente gradativo de paradigmas magistrais!
“The Houses Is On Fire” desprende sedutores insights melódicos embebecidos de elegância ímpar, onde o indefectível vocal declamado de Twining inicia o diálogo instigante frente ao arranjo desprendido. As quebradas de cadência trazem tons melodramáticos simplesmente irresistíveis, uma simbiose original de post-punk, avant-garde e saborosa resplandecência pop. A narrativa deste vocal falado nos “abduz” instantaneamente para um cenário noturno, esfumaçado e misterioso, um mundo dotado de solicitudes realmente instigantes. Apesar da similaridade com vibrações sonoras de nomes como a lenda Cocteau Twins, exaure personalidade pelos poros, denotando a poderosa identidade artística que brota dos seus trabalhos. A encore da faixa com propensões épicas é outro grande destaque!
“Dusty Springfield’S Record Collection” traz um protagonismo eloquente da guitarra, onde o instrumento de seis cordas destila configurações minimalistas realmente inflamadas em seu toque requintado. O groove do baixo somado a pianos e sintetizadores, obviamente mantém o praxe da conversa direta perante o canto singular de Ellery, onde destacamos as pausas que resultam em atrativo elemento para desbunde criativo. Mais um incrível petardo neste registro avassalador que é “RESULTS”!
“Rouge” traz uma tensão lúgubre que enfatiza uma sensualidade de caráter natural, onde a aura permissiva em insights “progressivos”, trafegam nossas mentes para experiências díspares ao longo do percurso. A tensão do canto provocador em palavras fortes e a resposta imediata dos instrumentos, é realmente um contexto incrível de digressão conceitual. Uma obra-prima no qual estamos sempre sendo devidamente conduzidos para esferas transgressoras em novidades e surpresas, propagando um espectro único de diálogo artístico perante essa sucessão de faixas tão incríveis! Por mais que não se trate de um projeto conceitual em sua quintessência, o encadeamento dessas músicas acontece em paradigmas naturais, denotando a profunda coesão conceitual no qual este processo foi concebido.
“Deafening” mergulha em um formato cancioneiro mais tradicional em seu intento, o que não deixa de promover mais um impacto nesta jornada concedida até aqui, pois trata-se de uma cilada das mais agradáveis, e que novamente “estremecem nossas pernas” perante o resultado obtido. E viva os sintetizadores em profusão que adornam esta preciosidade com camadas atmosféricas e etéreas de resultado fulgurante (fazendo um trocadilho infame mas correto com o título do álbum!
“S. B. Butler” projeta seu ensejo adornada em ataques sonoros profundos vindo da base instrumental, e desta vez o canto falado parece que apenas cumpre seu papel, passando incólume a guerra melódica travada! E novamente este propósito acaba tendo consequências fantásticas no papel proposto. Os “choques” oriundos da guitarra são irremediáveis para o processo que resulta em mais um resultado de propensão profunda e irresistível.
“What’s Gonna Set You Free” surpreende (para variar!) com prerrogativas acústicas e intimistas em seu início, mas logo em seguida é devidamente atacada com a levada oitentista post-punk-dark que emana das entranhas, e inevitavelmente apesar da cerebralidade concebida, acena diretamente para as pistas! Um dos momentos mais sublimes deste disco avassalador em suas múltiplas camadas!
“Eletric Boat” traz um estigma sublime de semi-balada, carregada de referências étnicas precisas e inebriantes, onde realmente precisávamos dar uma “relaxada” em alto estilo. Simplesmente ALICIANTE em seu disparate fenomenal! A encore se dá com mais uma aliciadora faixa (“Cellar Door”), que é um intenso resumo de todo o processo, conectando fragmentos de todos os intentos propagados aqui. Evidentemente, a verve poética é um capítulo a parte como um todo, pois destila uma qualidade narrativa muito bem desprendida perante o brilhante vocal de ares folk de Ellery Twining. “RESULTS” é absolutamente NECESSÁRIO, precisamos incorrer em toda a sua essência, mergulhando de cabeça neste momento único da música mundial. Disponibilizado abaixo:
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