A cantora e compositora radicada em Point Pleasant, Shannon Hawley, é um dos nomes mais instigantes que habitam o cenário mundial! Uma daquelas artistas onde o impacto sempre se faz presente mediante a divulgação de uma nova empreitada, pois os elementos surpresa em sua obra se ressignificam em proporções gradativas, nos surpreendendo perante os rumos que o contexto irá alçar frente a jornada sensorial promulgada. Seus lançamentos em formato de single, vem recebendo uma grande visibilidade de público e crítica especializada, como os petardos “Our History” e “Mercy”, que aliás fazem parte desse acontecimento de proporções magnânimas que é o álbum “STARTHROWERS”.
Toda a expectativa que permeou o trabalho da artista é plenamente adornado neste grandioso conjunto de dez canções irrepreensíveis, e não temos dúvidas que ao final de 2023, estará em todas as listas possíveis de melhores do ano tamanho o poderio desprendido nestas faixas. Os primeiros segundos da faixa-título, abre o cartão de visitas com uma perspectiva intimista, onde sua belíssima voz e o instrumental vão promovendo um furtivo duelo em um prognóstico sedutor de crescimento. Logo eclodimos no estupendo refrão, carregado de cores místicas e exalando resplandecência pop: conciso, grudento e perfeito para ser bradado a plenos pulmões de forma entusiástica! O nível de dramaticidade proposto é amplamente suplantado pelos vocais vigorosos que transmitem sofreguidão emocional nas alturas, amparado pela técnica aprofundada que explode de suas suntuosas linhas vocais.
“Our History” podemos já considerar um sucesso absoluto, com seus insights futuristas de grande percalço étnico. Apesar de rememorar grandes momentos da lenda Kate Bush (que foi “redescoberta” no ano passado), a sonoridade exaure personalidade pelos poros, acentuando a grande identidade artística que resulta em seu fazer artístico. A tríade misticismo, mistério e diversidade sonora, se fazem mais do que presentes como marca registrada em seu processo “compositório”.
O petardo “Mercy” parte em delicadas aspirações folk-pop, com a verve poética embebecida em questões imersas em profundidade como indagações delicadas sobre a partida de uma pessoa que tenha marcado nossas vidas. No caso de Shannon Hawley, seu pai que faleceu aos quarenta e dois anos quando tinha apenas onze anos e sua irmã casula de apenas 18 meses, foras as referências diretas para a inspiração que desdobrou esta fantástica pérola. “Bones, Blood, Saltwater, and Song”, mantém a condução folk, onde a artista ocupa o tradicional posto de trovadora para conduzir a esfuziante narrativa, onde mais uma vez temos o refrão como destaque absoluto. O aspecto vibracional da projeção vocal enaltece um arranjo calcado na simplicidade e impressionantemente o direciona para dimensões épicas!
“Lights in Holland” cai dentro do arquétipo roqueiro, passeando por “epitanias garageras” muito difundidas nos anos de 2000. O nível de intensidade é nas alturas, e a explosão deste deliciosa pérola desbragando peso é um dos grandes momentos desse álbum, que ainda desprende nesta euforia brilhantes ensejos melódicos! “Riverine” exalta toda a diversidade criativa de Hawley, enveredando por caminhos jazzy simplesmente fantásticos, numa atmosfera esfumaçada e altamente carregada de sedução, com o diálogo junto aos sopros e a guitarra bluezera de altíssima sintonia. SENSACIONAL!
O intimismo retorna em “Aunt Honey”, onde mais uma vez presenciamos sensibilidade discorrida em panorama de excelência, com mais um show magistral da interpretação vocal da artista. Quando a cadência evolui para algo mais grandiloquente, embarcamos em uma viagem sem precedentes rumo ao desconhecido, algo mágico e repleto de paisagens etéreas, numa esfera absolutamente cinematográfica! É inevitável não formularmos imagens seguidamente aos nossos olhos com a premissa instaurada nesses insights primorosos.
“Love Warriors” traz um pop-rock de ares noventistas absurdamente envolvente, que nos “abduz” em proporções imediatas. Sabe aquele registro que nasce com o status indubitável de HINO, perante o poderio instaurado? Pois é, exatamente o que temos aqui, os “guerreiros do amor” são um HIT instantâneo de natureza colossal. Simultaneamente que acena para as pistas e arenas pela acessibilidade da proposta, carrega uma aura de cerebralidade pela construção conceitual que transmite uma falsa noção de simplicidade. Pois o que foi concebido é uma daqueles percalços pop que valem OURO, e não é todo dia que encontramos ao nosso redor…
Permeios étnicos invadem “Radium Girls”, reforçando o misticismo natural de grande parte das suas obras, com os sintetizadores em profusão e camadas atmosféricas cumprindo um nobre papel para construir mais um ensejo musical de “cair o queixo”! A encore “Walk Each Other Home”, uma semi-balada que sintetiza todas as díspares referências que emulam de sua construção conceitual, fecha nas alturas um projeto que se afirma nitidamente como CLÁSSICO. Fatalmente encaminhará seu nome para dimensões elevadíssimas, chegando aos recantos mais inóspitos do planeta, porque é simplesmente ESPECIAL em todo o seu contexto! Dos primeiros instantes da abertura até o canto dos cisnes com o brilhante encerramento, “STARTHROWERS” é para ser emergido em toda a sua plenitude, de cabo a rabo, porque é ESPECIAL por completo! Disponibilizado abaixo:
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