O piano adocicado e leve junto com o beat amaciado e fluido auxilia na construção de uma atmosfera introdutória aveludada e curiosamente reconfortante. Embebida em certo quê de swing, a canção rapidamente entra em seu primeiro verso, momento em que o contexto lírico começa a ser desenhado por uma voz masculina de timbre agradavelmente grave.
Sob uma interpretação cadenciada, Jonathan Shapiro cria um interessante contraponto rítmico entre a sua velocidade lírica e aquela executada pelo beat. Acima de um contexto rítmico-melódico linear, o cantor acaba fazendo de Self Murder uma obra que, muito mais do que tratar sobre a vida, o aprendizado e o crescimento, lida com incitações à superação e a uma espécie de amadurecimento emocional.