A canção tem uma estrutura madura desde seu início. Se beneficiando da proposta de fundir groove e uma sonoridade sintética, ela permite ao ouvinte viajar por entre o torpor e pela melancolia de maneira simultânea. No comando de Saint Sappho, a obra ainda se deleita por uma textura emocional profundamente dramática.
Com essa receita sensitivo-psicológica, Fall Into The Lie acaba testando um tipo de sensualidade amorfinante que penetra profundamente na pele do ouvinte. A partir daí, o visceral toma forma e ganha destaque. Afinal, é ele que torna cada palavra proferida uma espécie de oratória rascante, mostrando, assim, a profundidade experimental que a canção oferta.