Sacha Mullin: “Casino Wilderness Period” vai mexer com seus sentimentos

Sacha Mullin é um talentoso cantor e compositor de Chicago (EUA), que já possui em seu currículo grandes obras. Primeiramente, lançou o álbum “Duplex” em 2017 com dez canções. Essa estreia o lançou ao cenário musical como revelação e arrancou elogios de mídias como BBC6, Vocalo, The Big Takeover e The Wire. Digitalmente, o álbum foi lançado pela Alumni Clash. Com a colheita dos belos frutos, ao longo de sua carreira o norte-americano já está lançando o seu terceiro álbum, “Casino Wilderness Period”. Desta vez, o selo que abraçou o projeto é o Dog & Pony Records, com distribuição da Dipterid Records. Como a tradição manda, além das plataformas de streaming “Casino Wilderness Period” também será lançado nos formatos físicos como vinil e CD. Do mesmo modo, também sairá em 7” com material transparente, o single “Arranging Flowers” que, no lado B, terá uma versão para “Wishing on a Star” de Alexz Johnson. Isto é um prato cheio para os colecionadores. A produção ficou a cargo de Todd Rittmann, que deu uma embelezada nas canções derivadas do Pop Progressivo, mas também com elementos que permeiam pelo Jazz e Rock. Esta atmosfera forma um recipiente perfeito para a voz erudita de Mullin.

Ainda sobre o setor vocal, o álbum tem as importantes colaborações das backing vocals Emily Bindiger, Judi Vinar, Annmarie Cullen e Mem Nahadr, que deixam o trabalho ainda mais leve. Pelo fato de Mullin ser um artista bastante exigente consigo, a qualidade de seus trabalho é sempre acima da média. Tal esforço o faz ser muito conhecido por Chicago, rendendo a ele o carinhoso apelido de Angel. Outros apelidos como Alienígena, ou adjetivos como extraordinário, são usados pela imprensa local. Mas agora, vamos às atratividades de cada música para sabermos como a habilidade de Sacha Mullin permite a sua música percorrer por tantos caminhos melódicos e estruturas diferentes. Vamos dissecar cada uma delas, mostrando pontos e contrapontos (se é que tem algum) desta obra que, para muitos, pode se tornar atemporal. À primeira vista, já se nota um certo virtuosismo em cada nota de teclado, acorde de guitarra ou violão. Às vozes, nem precisa acrescentar elogios, pois o time inteiro é composto por referências poderosas e absolutamente conceituadas no meio. As ideias de harmonia, pontes e encaixes formam uma trama que parece que foi desenhada por traço divino. Sendo assim, o que se ouve aqui é uma obra-prima deslumbrante.

O álbum começa com “Arranging Flowers”, o primeiro single que foi extraído do full-length. Primordialmente, já nos deparamos com a habilidade vocal do cantor em uma cama sonora relaxante. O apoio de Emily nesta canção só deixa tudo ainda mais charmoso. Você pode conferir a versão dessa música em um excelente videoclipe filmado por Gregory Jacobsen & Pauline Sauer e editado por Glass Void. Em seguida, surge “Waves” com uma melodia diferente, mas direta e, ao mesmo tempo, calma. Um ponto alto dessa melodia é o pequeno arranjo de teclado que, em notas sutis, surge confortavelmente. O terceiro “movimento” está em “Thanks”, que mostra mais um pouco da versatilidade de Mullin em poder encaixar a melhor tonalidade da voz, sem que isso tenha que parecer forçado. Aqui também está a melhor performance de cozinha, com bons andamentos e viradas de bateria bem dinâmicas. Aquele clima de tarde quando você toma um gostoso café na varanda, pode ser embalado pela “Neptune in the Snow”. Uma música que faz repousar o nosso espírito. Com uma atmosfera um pouco mais cativante, chega “Margaret” carregada de sentimentos e um dueto de vozes empolgantes no final. A música é bem marcante e as notas de teclado que encerram a canção, são como a cereja do bolo.

O clima soturno do final da última execução é quebrado prontamente pela agitada “Fiberglass” que, apesar de ser a música de menor duração no disco, é uma das que possui mais personalidade, com vocalizações fortes, bateria nervosa e melodia alto-astral. Muita coisa para uma canção de pouco mais de dois minutos, não? “Telepathy” é uma das mais legais deste álbum, pois o seu groove constrói um clima de Jazz e Rhythm and Blues de maneira muito apropriada. Aqui, Judi Vinar e Annmarie Cullen também chamam a responsabilidade para um trabalho de vozes perfeito. Infelizmente, chegamos ao final desta jornada com “Window Out”. Juntamente com a música que abre o repertório, esta é a segunda de maior duração, com os seus mais de cinco minutos. O destaque aqui, além da voz relaxante de Mullin, obviamente é da melodia de teclado que alterna efeitos para se tornar soturno. O clima que se constroi nesta canção é maré mansa ou, se preferir, de obscurantismo. Uma música onde os seus predicados estão representados na qualidade sonora e no norte onde a melodia quer nos levar. Uma perfeita lição de musicalidade, assim como todo o álbum ensina.

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