Ela se consagra como uma obra caótica. Misturando elementos eletrônicos e industriais com um beat sincopado padronizado na estética do trap, a composição apresenta um ambiente sombrio e denso, quase dramático, inclusive. Com uma boa subdivisão de diálogo, algo estruturado entre os timbres de Nylon e Major, a canção transpira uma nuance sintética capaz de surtir em uma experimentação sensorialmente entorpecente.
Com um toque visceral e rascante, ainda que seja adornada por um diálogo baseado na utilização do autotune, a faixa traz um diálogo abordando uma temática séria, cuja reflexão se faz urgentemente necessária. Com delicadeza, mas de pungência pontiaguda, Ränger aborda os lados bons e ruins das drogas.