Raised On Candy é um trio com raízes na área da baía de São Francisco e no Tri-State de Nova York, agora baseado na Costa Leste norte-americana. A banda conta com Joe Penna (vocal/guitarra), Scotty Imp (bateria/percussão) e Kevin Harris (baixo). Talvez isso explique o rock versátil do qual o trio aposta.
Eles chegam agora com seu primeiro disco. Na verdade, o álbum autointitulado foi lançado em julho último, porém ainda vem fresquinho, saindo do forno e tem um pouco a provar, mas, isso somente a quem ainda não o ouviu, pois quem já conhece sabe do potencial do trabalho.
Por ser um trio experiente, eles trazem suas diversas influências, muitas delas moldadas nos anos 90, auge de sua juventude e do rock alternativo, que é o grande mote que permeia “Raised On Candy”. Porém, não se trata de algo exclusivo, pois eles mantêm o leque aberto a outras influências que aparecem de uma forma mais tímida.
Gravado no Electrical Audio em Chicago, com o lendário Steve Albini, que já trabalhou com nomes como Pixies, Nirvana, Mogwai, Neurosis, Superchunk, PJ Harvey, High on Fire, Fugazi e The Stooges, o debut entrega uma sonoridade orgânica, mas muito bem lapidada e captada, que tornam a audição ainda mais prazerosa.
São doze composições em pouco mais de 34 minutos onde, a cada conferida, notamos que ele fica melhor. E isso colabora também com a dificuldade em apontar um ou outro destaque. Na verdade, isso acaba tornando-se uma tarefa injusta, que serve somente para situar o ouvinte.
O primeiro destaque fica por conta de “Lonely Bill”. Trata-se de uma música que começa branda, nos moldes do Smashings Pumpkins, que depois explode em um refrão grunge sujo e agressivo. Já “Rococo” nos traz o Nirvana à mente e isso é muito normal quando se trata de um disco inspirado na década de 90.
Se o ouvinte prefere uma ‘power-ballad’ moldada no rock noventista, com bases sólidas de guitarras e uma cozinha direta, sem dúvidas “Reunion” é a faixa ideal. Além destes elementos, a música prima por trazer um leve ar soturno e melancólico, que a deixa ainda mais típica.
O punk moderno de “Ora” e “Whisper Me Your Wish”, talvez a mais dramática e burocrática do disco, porém que o fecha com maestria, também são os grandes destaques de um trabalho muito bacana e que conquista o ouvinte de imediato. Sem sombras de dúvidas uma estreia e tanto!
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