Ainda que o violão seja o elemento que salte aos ouvidos ao desenvolver uma base melódica extremamente terna, emotiva e, consequentemente, tocante, existe outro detalhe que auxilia na obtenção de uma atmosfera profundamente emotiva. Uma cama harmônica de sabor adocicado preenche a atmosfera com uma base levemente sintética proveniente do teclado.
Enquanto a guitarra surge por entre uivos contorcionistas de veia dramática, a bateria vai desenvolvendo uma levada rítmica que, acima de tudo, captura a sutileza e a delicadeza estruturais defendidas pela composição. Tocante, dramática e pungente, Prodigal Son surpreende o ouvinte por ter seu enredo lírico vivido por uma voz masculina grave e afinada vinda de Tayor Tuke. Por meio dela, além de o torpor ser brevemente rompido, existe a aquisição de um charme melancólico-nostálgico que passa a dominar toda a atmosfera.