Alguns artistas conseguem difundir estilos tão bem que acabam tornando a sua sonoridade irrotulável. Geralmente isso é sinal de originalidade e/ou simplesmente da capacidade criar uma identidade. O último caso é o mais provável, até porque hoje em dia a música não nos oferece mais espaços a serem explorados.
Pois bem, Perry Ripley vem diretamente de Brighton, na Inglaterra, e apresenta uma música que une pop, rock, synthpop e até mesmo elementos do indie. Tudo muito bem equilibrado, sem pender tanto para lado nenhum e com uma objetividade impressionante. Sem contar a excelente produção, muito bem lapidada e que deixou tudo cristalino.
“Gospels Of A Broken Heart” começa com a voz doce e imponente de Ripley acompanhada de um sintetizador ingênuo e sombrio. Logo uma guitarra vai dando as caras ao fundo, apresentando um teor mais sisudo, até que a bateria com pegada intensa entra num tom marcante. Tudo para que a faixa exploda num amálgama de emoções e num refrão desesperado (no bom sentido).
Com um tema sobre amor fragmentado, com base em um coração partido, a nova canção traz uma mensagem de resistência a esses momentos da vida e a imponência de sua melodia ajuda muito na solidificação de sua mensagem.
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