OUTSIDE IS VOID: solta a magistral estreia em álbum “Light Gazer”; saiba mais

Um fenômeno que é perceptível nesta década, diz respeito a quantidade de estreias na indústria musical que nos impressionam veementemente, pelo altíssimo grau de maturidade musical que nos faz em vários desses encontros chegar a duvidar que trata-se de um debut. Tivemos nesse interim de início do percurso a pandemia, onde muitas pessoas acabaram mergulhando na experiência artística para desopilar seus demônios frente a situação apavorante instaurada, além de aproveitar o raro momento de ócio em virtude dos altos períodos de bloqueio e isolamento social.

E neste processo, GRANDES EMPREITADAS vem surgindo, algo realmente impactante, fazendo valer aquele dito popular que “de toda experiência traumática temos algo positivo a absorver”! E aqui temos mais um exemplo digno deste discorrer, o lançamento em formato de álbum do projeto alemão radicado em Düsseldorf, OUTSIDE IS VOID, o seu irrepreensível “Light Gazer”, um conjunto primoroso de onze faixas realmente magnânimas em excelência. A simbiose instaurada de referências das mais díspares, exaurem personalidade pelos poros, denotando uma identidade artística realmente envolvente e astuciosa.

E vamos além, não tendo nenhum temor em afirmar que estará em todas as listas de “Melhores de 2023” ao final do ano, tamanho o poderio desprendido! Um encontro furtivo entre nostalgia e preceitos de contemporaneidade realmente preciosos, algo único que desponta trazendo um novo suspiro para o gênero. Nós do portal Music For All ficamos tão envolvidos por esta verdadeira obra-prima de prismas alternativos, que resolvemos esmiuçar cada uma dessas faixas para vocês abaixo…

O início dos trabalhos com “Track”, nos traz exatamente bastante do que encontraremos pela frente: sintetizadores em total profusão, “duelando” em caráter instigante com o “famigerado” vocal que emana timbres suntuosos, feeling exasperado, doses preciosas de sofreguidão emocional e técnica em nível elevadíssimo. Ao mesmo tempo que acena para as pistas por seu groove dançante e lúgubre, reverbera nos prognósticos “electropo/dark” pela imponência dos arranjos que desprendem “cerebralidade” extrema nesta colisão de estados alterados da percepção! O tom edificante da verve poética emanando positividade, a busca de alcançar níveis ainda mais elevados, é um belíssimo contraponto para esta sonoridade que permeia uma sedutora melancolia.

“Tail” tem introdução de ares ambient, totalmente sofrendo “ataques” com insights eletrônicos preciosos, destilando um groove poderosíssimo! Outra pérola que nos deixa literalmente de “queixo caído” e poderia muito bem fazer parte do repertório mais inspirado de lendas como Depeche Mode e New Order. O clima esfumaçado de preceitos oitentistas trafega por instâncias futuristas realmente grandiloquentes em sua pompa e fragmentos gélidos que “aquecem a alma” durante a caminhada tortuosa…

Os preceitos hipnóticos de “Shine” novamente nos possibilitam ter uma aula de synth-pop mergulhado em prerrogativas lisérgicas, contando com a sensualidade natural da voz sussurrada e declamada em frentes simultâneas. Os norteamentos de camadas atmosféricas e etéreas produzem um efeito realmente arrebatador, novamente bebendo de fontes ambient com louvor. “Shore” como um encadeamento com a premissa anterior, promove uma jornada sensorial sem precedentes com ares de trilha-sonora, nos “abduzindo” para um mundo repleto de mistérios e carregado de cores das mais vívidas em seu esteio progressivo.

A temperatura volta a subir em “Gasoline”, como o próprio título acentua e desemboca em um refrão de excelência, grudento e perfeito para ser gritado a plenos pulmões por uma multidão ensandecida. “A entropia de dirigir por estradas intermináveis ​​em um caminho futuro mais nebuloso”, atesta o autor mediante o conceito! “Blue to Cyan to Orange” volta ao permissivo embate sensorial, com climas apocalípticos e ruídos minuciosos em preceitos geniais. Uma experiência realmente ESSENCIAL para qualquer mortal…

“Petals” é uma pungente canção que vai em mecanismos bastante profundos e dançantes ao mesmo tempo (um amor “expressionista”!) em sua progressão, dando um show novamente no refrão acompanhado dos magistrais vocais de Tara Louise, grande cantora de Los Angeles. Temos bastante sentimento envolvido neste petardo que nasce com ares indubitáveis de HINO, tamanha a força emanada!

“Concrete” emana momentos mágicos disponibilizados na história de MESTRES como Vangelis e Jean Michel-Jarre, colocando o gênero ambient em letras garrafais pela maestria no qual conduz esta “chuva ácida de efeitos”. “End” novamente coloca a voz num plano de excelência sôfrega mais angelical em sua conjunção, e temos um bailado incandescente perante os sintetizadores e suas capacitações apoteóticas. INCRÍVEL!

“Drop Out 3rd” mergulha no experimentalismo para emergir até o topo em suscitudes épicas ao extremo, num espectro sombrio e comovente que desprende amálgamas profundos ao “abordar o passar das coisas e de nós mesmos” no aspecto lírico. Chegamos até aqui totalmente modificados pela sucessão abrupta de elementos surpresa deste eterno mundo em transe, onde o tempo não dissolve nesta outra porção de espaço, e nós já não sabemos mais quem fomos antes! A estratosférica encore com “Far”, devora mutações e sons de frequências das mais transgressoras, promovendo um resumo do que foi este compêndio SENSACIONAL que é “Light Gazer” em sua quintessência. OUTSIDE IS VOID, guardem bem este nome! Disponibilizado abaixo:

https://outsideisvoid.bandcamp.com/album/light-gazer-album

https://outsideisvoid.com/
https://twitter.com/outside_is_void
https://open.spotify.com/artist/1lFZJoCOAbcCIDDggoyhXr
https://soundcloud.com/outside_is_void
https://outsideisvoid.bandcamp.com/
https://www.youtube.com/channel/UC1sRZN8nGY80cez-m4roaQg

(‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’)

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