Que sentido haveria na vida sem a existência da arte, não é? Ter a possibilidade de expressar cada sentimento, em uma performance intensa; pungente. Demonstrar com força e profundidade, cada nota, cada dedilhado e batida. Graças a ela, à arte, um concerto musical como este, como “Opposite side of love”, é possível que emoções sejam uma proposta central, tanto para a letra, quanto para a sonoridade. E tudo se encaixa com personalidade e muito talento.
Quanto às emoções, se boas ou não, a arte nos recompensa de qualquer maneira. E aqui, é lindo de ouvir. The Things We Hide, coletivo musical italiano, para além do lirismo entregue, nos oferece uma apresentação de beleza ímpar. Cordas, teclas, riffs e uma tessitura vocal doce e no mesmo passo, tenaz, que invade nossa imaginação, nos conduzem nesta atmosfera sombria e onírica. A bateria acompanha os solos da guitarra e quando nos damos conta, mergulhamos completamente na potência desta construção musical.
Destacamos a percussão inicial, como um incentivo formidável a ouvir a faixa com atenção e trazê-la para a alma. E em seguida, a suavidade se joga à veemência dos acordes. Texturas cintilantes, outras mais escuras, nos provocam e lá estamos enraizados mais uma vez, no ambiente visceral da peça.
O tom dramático dá à arquitetura, um ar cinematográfico e podemos projetar tranqüilamente, “Opposite side of love”, como uma trilha sonora perfeita. Os Backing vocals contribuem, adicionando à canção, peso sentimental. E cada detalhe é simplesmente, de tirar o fôlego.
São sete minutos que gostaríamos que não acabassem. E mesmo que o amor não tenha um final feliz, neste caso, ele novamente demonstra que é tema pertencente a grandes obras.
Deixamos o convite para que apreciem a música espetacular de The Things We Hide. “Opposite side of love” vale cada segundo de sua audição.
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