O incrível álbum de Watermelon Boy, “The Wow Signal”, é um verdadeiro portifólio musical

É sempre gratificante descobrir trabalhos artísticos que agregam. No campo musical, chegou até nós a história do australiano Watermelon Boy, que é produtor, compositor e músico. Até aí nada demais, pois a cena mundial está repleta de profissionais com essas competências. Agora, o que distingue o autoproclamado “Embaixador Espacial” dos outros, é a mistura de ritmos que ele promove. Sua proposta genuína é de misturar ritmos de países do hemisfério sul e apresentá-los ao restante do mundo como música eletrônica. Isso deu tão certo que Watermelon, neste último lançamento reuniu nada menos do que quinze títulos em álbum chamado “The Wow Signal”.

O repertório começa com “Outside”, com batidas que lembram ritmos africanos. Em parceria com o produtor, participa Magajie Samuria. Com distribuição pelas plataformas digitais de The Melon & Gourd Development Board, a empolgação se segue com “Memories” que possui um pouco de influência dos anos noventa. Mas aquela brisa da praia é personificada em “Cagi Mudre Vou” com Bigwilz e Christonite Boginikua na lista de convidados. Em “Gbona”, Green Baker ajuda a fazer desta uma das músicas mais dançantes do álbum. Porém, na instrumental “Glistening Sand”, Watermelon te transporta a uma dimensão cheia de brilho e muita alegria.

Quando o produtor da austrália se junta ao Bogo Blay, o resultado é o balanço peculiar de “Mereba”, e acompanhado mais uma vez com Green Baker a melodia se espalha com “Spirit of the Lagoon (Famimora)”. Sobrou até para o rock’n’roll, pois a dance music é como coração de mãe, ou seja, cabe todo mundo. Ouça então, a complexidade de “Damn Son” na parceria com 2FISTD. Agora, pensou em groove, pensou em “No Problems” com vocais de Bryan The Mensah. Por conseguinte, o mesmo Bryan retorna com Jones 2.0 para a execução de “Hall of Fame”, uma música totalmente imersa no hip-hop.

A ideia de pegar ritmos caribenhos e africanos, assim como a própria magia de lugares como Brasil e Porto Rico, confere a Watermelon uma espécie de pioneirismo. Ouça, por exemplo, músicas como “Stand Up” com Jalmar e “Break That Board” com Mark Dwyer e Richie Loop, que você entenderá melhor. As execuções instrumentais, ou quase, como “Du Papa” também trazem essa vibe, embora sejam mais eletrônicas. Outras como “Outdoor Shower” têm um manejo de percussão tão legal, que nos remete a um ritual nativo. Ao chegar na última faixa, “Cheap Drinks & Bad Decisions”, a sensação que temos é que acabamos de desembarcar de uma viagem policultural fantástica.

Ouça “The Wow Signal” pelo Spotify:

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