O folk inspirado pela guitarra elétrica está no novo álbum do JJ Smith

JJ Smith, músico e compositor norte-americano de Chicago, traz em sua sonoridade influências do folk mesclado ao rock clássico e até progressivo de nomes como Led Zeppelin, Jeff Buckley e até Opeth. Isto é, a veia acústica inspirada também pela guitarra elétrica, além de nomes como Nick Drake e afins.

E não seria por menos, afinal o artista iniciou sua jornada nas cordas através da guitarra, antes de se enveredar para o violão. Isso é notado na forma agressiva de sua abordagem ao seu principal instrumento, o violão de cordas de aço. Lembrando que o ‘agressivo’ está mais para um termo ‘enfático’ do que de peso.

Em seu novo EP, intitulado “28 Club” (que traz uma referência ao clube dos 27, um termo mítico dos artistas que morrem aos 27 anos como Hendrix, Morrison, Joplin, Cobain, Winehouse), isso fica evidente em seis novas faixas distribuídas em quase 19 minutos.

Objetivas, mas também com certo ar sombrio, as músicas mostram todas as suas habilidades, onde ele aposta em bases dedilhadas, trazendo uma cama de teclados ao fundo, e vocais bem emotivos. Esses elementos caracterizam as canções, onde JJ Smith consegue criar sua assinatura.

O artista ainda prima por conseguir atrair e segurar o ouvinte com sua melodia bem peculiar, conseguindo fazer com que seu som seja dinâmico mesmo não contando com elementos percussivos para ditar os ritmos das canções. E JJ Smith mostra-se um excelente cantor, soando versátil, equilibrado e incrivelmente afinado, deixando essa boa impressão já em “Still”, faixa de abertura cheia de falsetes, onde ele mostra um equilíbrio impressionante.

Destaque ainda para “Doorbell” com toda sua influência do folk introspectivo de Nick Drake e a aposta em vocais mais serenos, e em “Should”, a única que sai fora da casinha e traz elementos percussivos, elétricos (inclusive ótimas e bem timbradas guitarras), bebendo na fonte do rock progressivo. Criativo e extremamente talentoso.