Novo álbum de Maverick Smith prova que rock and roll está mais vivo do que nunca

Depois de uma década afastado, Sean Boynes retorna com “With Friends and Imperfections” sob o nome de Maverick Smith — um álbum de rock cru e energético com os músicos convidados Ken Stringfellow, Paul Santo, Bruce Hoffman e Susannah Lee. E, há algo clichê que deve ser debatido sobre este mais novo disco.

Sim, o fato de ainda vociferarem que o rock está morto aqui ganha mais uma prova de que estão errados. Sim, porque em seu mais novo disco, Maverick Smith prova que se trata de falácia e, mais ainda, afirma mais ainda o estilo como algo eterno e atemporal.

“With Friends & Imperfections”, além de trazer tudo que um bom álbum de rock precisa, foi gravado ao vivo em estúdio, e isso fica nítido em sua essência e pegada. O trabalho não conta com overdubs, autotune ou outros truques de computador, o que deixa o disco com uma honestidade impressionante.

E deve-se ressaltar a qualidade da produção, além da coesão da banda, que impressiona. Os timbres bem escolhidos, a captação e execução soam magistrais, realmente contribuindo para deixar tudo o mais natural possível nas 10 faixas que se distribuem em pouco mais de meia-hora, 33 minutos para ser mais preciso.

E, logo de cara a diversão já se garante com a faixa de abertura. “Holding On”, além das bases punk de guitarras, traz uma bateria dinâmica e ritmo frenéticos. Porém, não fica por aí. Um piano rockabilly e as linhas vocais dobradas nos mostram também uma veia surf music.

Já “Do I?” chega toda imponente praticamente começando pelo seu refrão. Com uma levada mais cadenciada, porém bem dinamizada, a música traz um riff de guitarra ao fundo, enfatizado por um baixo vibrante, que dão sustentação para naipes de metais que só enriquecem o trabalho. A cereja-do-bolo são os vocais enérgicos. Um pop rock clássico bem atual.

Mantendo a energia em dia, “Let’s Leave” segue com a veia punk, mas bem enveredada com o rock clássico. De ritmo bem dosado, a música ainda traz como tempero um violino bem sacado, que dá um ‘punch’, mas não tira o espírito rocker do lugar.

Enquanto isso, “Break My Hard” resgata um pouco do punk noventista temperado a power pop, sendo a primeira apresentando as linhas vocais femininas. Seguindo com vocal feminino, “Spookshow” começa psicodélica, mas logo, em uma mudança brusca de ritmo, resgata o punk clássico e mostra que este é mesmo o mote aqui. “Through This Tonight” fecha essa trinca magistral, despejando ainda mais energia, parecendo essa ser uma parte bem especial do disco.

“For The Kids”, mesmo mantendo a essência de Maverick Smith, muda um pouco sua abordagem, ganhando elementos mais melodiosos, menos agressividade e um ar mais comercial. A música lembra muito o rock de arena dos anos 80.

“Health and Politcs” mescla o rock clássico com o power-pop, algo que parece ser um dos motes do trabalho e sempre dá certo. Destaque aqui para o belo trabalho das cordas, com guitarras de riffs cativantes e um baixo vibrante.

“Dirty Teeth” é mais uma que revela novos elementos, na ocasião uma guitarra e violinos, bem na linha country, inseridos em meio ao ritmo punk que permeou praticamente todo o disco. E quem pensava que eles terminariam daquela forma tradicional com baladinha ou melancolia se engana. Aliás, “With Friends & Imperfections” nem dá espaço pra tristeza. Eles fecham com um rock and roll típico, de riffs cativantes, piano estralando e cozinha potente, além do refrão repetido a esmo com “Thinking of You”, deixando aquele gostinho de quero mais.

Prova melhor que “With Friends & Imperfections” afirma a vivacidade do rock and roll não existe. Além de tudo, dá pra sentir a alegria dos músicos, principalmente de Sean, transparecendo nas composições. Isso devido a tamanha energia que o disco transmite.

Outro ponto fica por conta da objetividade. O tempo das músicas não passa os 4 minutos, mas eles sempre entregam composições com começo, meio e fim, explorando bem aquilo que é necessário. Isso vai atingir diversos públicos, não tenha dúvida.

Temas? Segundo o próprio material de apresentação, a música de Maverick Smith não é sobre truques chamativos ou obtenção de aprovação popular — é sobre se conectar com os ouvintes. As letras trazem reflexões, mensagens positivas e temas cotidianos sem forçar a barra com o ouvinte.

E sabe o mais legal de tudo? Os lucros do álbum serão revertidos para o tratamento à saúde de indivíduos com deficiências intelectuais e de desenvolvimento. Ou seja, além da boa música, também tem a boa causa.

No mais, o trabalho segue tão bem a premissa do rock and roll que será lançado também no formato físico e, melhor ainda, em LP de vinil! Isso mesmo, não se trata ser de vanguarda, basta amar a música de verdade e saber que ela é muito mais que um arquivo de computador.

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https://mavericksmith.bandcamp.com/album/with-friends-imperfections

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