Norte-irlandesa Janet Devlin lança videoclipe para Best Life. Vem conferir!

Antes mesmo de se atentar ao escopo propriamente visual, é necessário, ao menos, dar uma breve comentada no âmbito sonoro da obra. Cheio de delicadeza, regionalismo, aroma e excentricidade, ele vem equilibrado no que tange as nuances de harmonia e melodia. Dando protagonismo ao banjo, elemento que envolve o ouvinte em meio a uma atmosfera inquestionavelmente bucólica e interiorana, a canção ainda é agraciada por uma cama adocicadamente ácida proveniente do hammond nos espaços intermediários entre o percussivo e o melódico.

Com inquestionável frescor e desenvolvendo um senso de fragilidade tão envolvente que chega a promover um estado de espírito surpreendentemente nostálgico, a canção, narrada por uma voz feminina aguda e açucarada vinda de Janet Devlin, é capaz de fornecer os mesmos caráteres sensoriais através de seu enredo visual. Apresentado de maneira vertical, o que dá ao espectador a ideia de ter sido gravado pelo celular, o vídeo dá a ideia de algo caseiro, imprevisto. Espontâneo.

Capturando momentos de alegria e descontração em meio a atividades corriqueiras do cotidiano, cada take destaca um momento, uma experiência vivida por Janet. De interações com pessoas que parecem ser amigos e familiares, a outras gravações que a identificam realizando atividades de caráter propriamente interiorano, os focos do vídeo vão engrandecendo o seu viés nostálgico.

Exalando leveza, delicadeza e frescor, o vídeo faz com que o próprio espectador sinta generosas doses de conforto, aconchego e até mesmo ternura. Uma experiência sensorial que consegue entorpecer em meio ao seu senso de alegre gratidão nostálgica. Não à toa que, como legado, o material visual funcione como uma montagem cuidadosamente selecionada de memórias emocionalmente significativas à Janet.