Uma sonoridade pipocantemente percussiva é a responsável por puxar a introdução da composição de maneira um tanto desesperada, truncada e rígida. Ainda assim, é interessante perceber a presença de uma ambiência nascente com notáveis requintes de frescor, a qual vai, gradativamente, se evidenciando conforme uma sonoridade sintética vai preenchendo o escopo harmônico.
Surpreendentemente, o que acontece é que a composição assume silhuetas tocantes e emotivas assim que Giorgio Fazio entra em cena com seu vocal gélido embebido em melismas. Por meio de sua interpretação lírica, o cantor dá a deixa para que o ouvinte consiga perceber, sensorialmente, a presença de uma nostalgia dolorosa e de um ímpeto de desalento transcendendo da obra.

Oferecendo, inclusive, menções de superação e da necessidade de dar continuidade à vida sem se apegar a cicatrizes do passado, No One Should Ever Die faz com que o espectador, quanto mais se aventura pela sua audição, vislumbre, mesmo que imageticamente, um cenário regido por um céu azul espectral. Essa é uma maneira metafórica da obra em comunicar, com profunda imersão, a esperança, gratidão e, de certa forma, honra e legado. Não é de assustar, portanto, que a audiência sinta que suas emoções e suas cavernas emocionais estejam bem representadas nessa música que, no seu ápice, tem a intenção de promover a dança.
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