Mista Pakman Dangerou$ apresenta remix de um de seus álbuns mais recentes

A liberdade criativa permite que muitos artistas trabalhem livres não somente compondo, mas também em suas produções, nas partes técnicas mesmo. Muitos optam por remixar, retrabalhar, remasterizar suas obras, algumas vindas de um passado distante e outras nem tanto. Pode parecer arriscado, e é, mas muitas vezes funciona e pode até significar uma evolução.

Oriundo do grupo Blackwolvez, o artista e rapper Mista Pakman Dangerou$ tem trabalhado bastante nos últimos três anos, e dentre os frutos que plantou e colheu está o álbum “U Know Wussup” (2023). O disco recebeu um bom fluxo nas plataformas digitais, mas parece que não convenceu seu próprio dono e ganhou um remix, que é um dos trabalhos mais recentes do cantor de Sacramento, no Textas.

Com um fator preponderante, que foi sua liberdade artística, além de produzido de forma independente pelo próprio Mista, o renovado trabalho, agora intitulado “U Know Wussup (G-Mix) Remastered 2024” teve suas estruturas mantidas, praticamente intactas, o que aumenta a credibilidade do disco, constituindo na forte identidade do artista.

Ou seja, as onze composições estão ali, com seus alicerces no lugar, apenas ganhando uma pintura nova, que dão ainda mais ‘punch’ e torna a audição de um álbum que já era acima da média, melhor ainda.

Constatando, eis aqui uma renovação que deu certo, algo não tão comum, devido à complexidade que remixes e remasterizações requerem. Porém, em “U Know Wussup (G-Mix) Remastered 2024”, Mista Pakman Dangerou$ atingiu seus objetivos e foi compensado pelo trabalho refeito, atingindo um resultado muito acima da média.

E para quem ainda não conhece Mista Pakman Dangerou$, estamos diante de um artista e produtor versátil, que transita pelas diversas facetas do hip-hop, mas tem uma especialidade que é resgatar o g-funk, um gênero que não está tão em alta hoje em dia, mas emergiu do gangsta rap da Costa Oeste dos Estados Unidos no princípio da década de 1990, fazendo muito sucesso naquela época.

Mista não só recoloca o estilo em seu merecido lugar, como mescla com o rap tradicional e ainda dá uma veia pop o tornando mais abrangente, sem renegar nenhum elemento fundamental do estilo. O que pode ser conferido nos pouco mais de 37 minutos do disco.

A começar pela faixa de abertura, que dá nome ao álbum, lembrando que todas vêm com o subtítulo ‘(G-Mix) Remastered 2024’, ao menos no tracklist apresentado nas plataformas e que iremos economizar por aqui para dar mais espaço e falar das músicas em si.

A faixa título já revela o teor e traz uma boa dose de g-funk, com sua batida cativante e os graves exaltados, fazendo jus ao que propõe. Os vocais sisudos dão leve ar de seriedade a música, que é seguida por “Doin’ What It Do”, que praticamente mantém a batida, mas ganha uma cama de rap ‘old school’ mais considerável.

O clima tenso e mais sisudo se mantém em “Stackin’ Chicken”, que tem uma dinâmica mais repetida, deixando a música hipnotizante. E um leve ar de descontração, além do ritmo mais enérgico, chega em “Keep It Li”, uma música de batida marcante e sucinta. “Wit’ Da Shit” mantém os sintetizadores que entorpecem o ouvinte, ressaltando o baixo e mostrando destreza nas vocalizações de Mista, que tem uma habilidade incrível na dicção e rimas intrincadas.

“On Lock” mantém a identidade e anuncia a metade do disco, que em momento algum deixou a peteca cair, mostrando a intensidade do novo álbum, que com a remasterização ressaltou os graves, assim como o estilo pede. Isso pode ser conferido em “I Don’t Give A Fuck”, e suas memoráveis linhas de baixo estonteantes.

A festa continua em “Hustlin’”, onde Mista aposta em sintetizadores descontraídos e um clima mais leve, mas que ainda mantém a seriedade característica do trabalho. “Cain’t Fuck Wit’ It” segue a dinâmica, tendo uma melodia que a torna uma das mais acessíveis do disco, o que, obviamente, não é algo pejorativo, longe disso, aliás.

Se uma é mais acessível, outra é bem diferenciada, como “Money”, a penúltima faixa do disco, que traz backings bem encaixados e uma fúria interessante de Mista, causando um contraste atraente, abrindo caminho para a derradeira “Cali Love”. A faixa que fecha o trabalho manteve a premissa, exalta os graves e traz uma batida que dificilmente sairá do coração do ouvinte, assinando de vez “U Know Wussup (G-Mix) Remastered 2024”, que se revela um trabalho mais que primoroso. Destaque para o refrão, que é o melhor do disco!

Sem dúvidas, a remasterização do disco fez com que o trabalho ganhasse novas perspectivas e em momento algum mostrou algo forçado por parte de Mista, que se prepara para o seu próximo lançamento inédito. Se depender do que ele vem produzindo ultimamente, ele terá que trabalhar em dobro para manter essa qualidade mais do que acima da média, quase que com nota máxima.

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