“Make Yourself Known”: Tom Craven brinda o ouvinte com coleção inspiradora

Cantor e compositor baseado em Milton Keynes, Reino Unido, Tom Craven lança “Make Yourself Known”, seu segundo álbum de estúdio completo. São 12 faixas que desenham um cenário musical otimista, com elementos Folk, Pop e Rock salpicando a atmosfera, instrumentos acústicos marcantes, e é possível observar também, uma energia que ronda o ambiente, como componente substancial. Poeticamente, Craven se utiliza de honestidade, autoconfiança, bravura e resiliência. “Make Yourself Known” olha para dentro e busca sua verdade, sua justiça interna. Afinal, antes de oferecermos nosso melhor, a quem quer que seja, devemos saber até aonde podemos ir. Conhecermos a nós mesmos.

“Let It Fall (My December)” abre o disco e segue neste sentido. Foge de relacionamentos difíceis com os quais precisa lidar e dá aquele basta, quando chega ao limite. É muito provável que você sinta proximidade com o lirismo. O artista vai cantando cada detalhe com uma entonação emotiva, quase como um desabafo sobre como se sente. É possível nos conectarmos com os sentimentos à medida que sai da tranquilidade narrativa e parte para algo de maior intensidade vocal. E apesar de soar como um “chega de sobreviver de migalhas”, o tom melódico não é triste, pelo contrário, é entusiasmado, forte, e, diria, esperançoso. Ouvimos cordas, teclas, algumas mais coloridas, outras mais delicadas, uma base rítmica contagiante e violões acompanhando a harmonia.

Um ponto importante para destacarmos é que o álbum ganhou volume durante a pandemia, o que faz com que seja uma forma de dedicar àquelas pessoas que perderam e se sentiram perdidas, um conforto, segurança emocional e força perante as adversidades. Há para o futuro novos propósitos, um olhar para o belo em estar vivo, e claro, aprender a dar valor a simplicidade e as boas pessoas que nos cercam. “Hidden City” vibra nesse espaço, de manter o foco ainda que obstáculos tentem nos impedir de chegar ao lugar que desejamos. A canção tem uma batida mais rápida, agradável, dinâmica; conecta-nos imediatamente e nos comove no mesmo passo, muito pelo tom e sinceridade do artista. As guitarras estão fantásticas nesta faixa!

Seguimos com a serenidade de “New Signals”, uma música que abraça e pede que você se fortaleça, embora nada seja fácil. E independente do que tenha acontecido, por mais terrível que possa ter sido, você tem o repertório necessário para amadurecer. A mensagem vem embalada em uma batida calma, belos dedilhados ao violão e riffs de guitarra penetrantes. O trabalho de voz, que conta com vocais de apoio, é tocante e conecta o ouvinte; é como um cobertor que conforta e aquece a alma. Há aqui, beleza e poesia envolvidas em elementos folk.

Chegamos no rock de “Secondhand Smoke (Same Jeans)”, onde as guitarras e riffs mais acentuados cruzam nosso caminho. Vocais mais rápidos também de apresentam, e desta vez, Craven aparece vigoroso, traz uma sensualidade leve no tom e o modo como reforça a apresentação é um gancho que não permite que o ouvinte deixe o ambiente; sonha, dança e imagina um cenário diferente.

Em seguida “A Change in the Papers” mergulha novamente nos solos de guitarra para demonstrar que estamos falando de profundidade emocional. Sim, cada instrumento tem seu papel e faz da harmonia uma criação fantástica, mas é preciso dizer que as teclas, o violão, e, neste caso, a guitarra elétrica, ganham destaque pela grandeza que agregam à faixa, que caminha com passos cuidadosos para dias melhores. Há lindas notas ao piano.

“Catalyst” tem calma e doçura; uma fluidez que chega ao coração do ouvinte: é apaixonada, fascinante! As cordas aparecem tranquilas, batida serena, apenas os vocais exibem veemência na entonação. Há sentimento, que as teclas acompanham; brilhantes, preenchendo o espaço, com amor, com um sorriso no canto do rosto.

“Sleep” é uma belíssima sonoridade pop que traz de volta a batida acelerada e acompanha a linha vocal de Craven, teclas cintilantes e um sintetizador ondulando a atmosfera; texturas super agradáveis enquanto aproveitamos a melodia. Nada como uma boa noite de sono incentivada pela canção! Aqui a arquitetura instrumental ganha espaço e aparece em destaque.

Tom Craven

Assim que a canção anterior termina, “The Game Inside” inicia e anjos são tudo que ouvimos! Mais do que pensamentos negativos, garanto! A faixa é maravilhosa: harmonia, vocais que soam quase como uma ordem e teclas que te colocam entre o tudo ou o nada: lute! Um hino pop rock que estimula com a melodia: bateria e baixo entregando uma performance incrível!

Chegamos em “Dreams of Sixsmith” e um espaço mais intimista se abre: calmaria embebida em sentimento e vocais honestos. Notas de órgão, batida cuidadosa, guitarras suaves, teclas super sentimentais. Um conjunto que preza a emoção e sonha, ainda que em determinado momento uma sensação acentuada esteja na proposta, tudo culmina em olhar para dentro e sentir o que está lá.

O salto seguinte é “Truffles”. Hmmm! Divertida, pop, rock, acústica, com cobertura de felicidade! Você pode dançar e aproveitar bons momentos; uma trilha sonora de alegria e uma energia positiva arrasadora. As teclas, uau, as teclas! Há, além da beleza do órgão, um destaque desenhado ao piano, sensacional! Linda Faixa!

“Atlantic Bells – Piano Version” oferece um coração aberto. É piano e voz. Tem sinceridade, e, como não poderia deixar de ser, exibe emoção. Sai em busca de uma jornada sentimental que traz o ouvinte para perto: equilibra o desempenho vocal e se utiliza sutilmente de melismas para cativar quem está do outro lado. Talento puro!

“Little Steps” tem pressa na harmonia! Uma celeridade que encerra o álbum em grande estilo. Ouso dizer que elementos punk rock rondam a natureza melódica desta canção! Brincadeiras à parte, a faixa é mais um convite a beleza poética, boas vibrações de afeto e positividade. Guitarras, baixo e bateria quebrando tudo! Acompanhando vem o órgão, lá atrás, arrematando a sonoridade final.

Tom Craven embarca nesta aspiração: seja honesto. Esteja aberto. Seja verdadeiro com você e por óbvio, com quem você ama. Quer mensagem mais valiosa e bonita que esta? Percorremos este rio de emoções e saímos satisfeitos. Uma jornada musical para refazer sempre! E lhe digo, caro leitor e ouvinte, a paz que procuramos depende do nosso esforço e daquilo que deixamos chegar até nós. E sem dúvida, “Make Yourself Known” tem sua parte neste feito.

Ouça agora mesmo, o trabalho espetacular de Tom Craven e seus incríveis músicos em “Make Yourself Known”. Vale cada segundo de sua execução.

Quer acompanhar o trabalho de Tom Craven? Basta acessar os links.

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