King Khy lança o álbum “King Me”, que é um verdadeiro portifólio

A cena hip-hop ganhou mais uma força neste mês de junho, que foi o lançamento de “King Me”, novo álbum do rapper King Khy. Distribuído pelo selo Thenmebeats, o ‘full-length’ possui treze faixas, onde “Tha King” é a primeira delas. A música tem clima denso, porém ritmada com versos do tipo ‘free style’. De maneira idêntica, a segunda música “Let Em Cook Up”, possui as mesmas propriedades, revelando um trap pesado e nebuloso. Neste primeiro momento, percebemos o quão sofisticado é o perfil de composição de Khy. Com versos duros, sem qualquer manifestação de paixão, ele destila seus temas.

Para você que caiu de paraquedas aqui, ou não conhecia o trabalho desse arista, considere-se uma pessoa de sorte, pois este álbum é uma espécie de explanação de sua carreira com músicas compostas durante todo o tempo de sua vida na correria. Por isso que você notará certa evolução entre um tema e outro. Em “Feel Like A Star”, por exemplo, é uma música que aposta no clima misterioso embalado por boa batida. Em Now “Now The Place Smells Exotic”, o poder das batidas crescem e Khy canta um pouco mais agressivo. Um sample do Gorillaz dá um toque mais charmoso.

Khy, que faz tudo como compor e produzir, criou “Geek” que é uma canção mais melódica, mas não mais do que “Titus” que desliza pelas batidas suaves da base. Já em “Champion”, nota-se nitidamente o salto na produção com um impacto mais marcante. Embora o cantor seja versátil, músicas como “Had To Do It” revela a sua marca registrada, que é a atmosfera de suspense. E isso também pode ser conferida na música que faz menção a si mesmo, “It’s King Khy”. Esta, para valer, também possui batidas centradas, destacando o poder do grave e o preenchimento pomposo só som.

Vários elementos de suspense são inseridos em “Tunnel Vision”, que é a execução mais curta do álbum. Por conseguinte, “Rally” também traz esse perfil mais tenso e menos desinibido. Uma verdadeira viagem entre a magia das batidas. É interessante ouvir a condução da base que Khy, conscientemente, alterna na velocidade. Agora, em “What’s Competition?” o clima é bem mais focado no efeito cinematográfico, com elementos de gruta e evaporação. Diferente da última música, “Hit The Buzzer” propõe batidas mais grooves e mais elementos eletrônicos. Resumindo, se você procura delicadeza, sofisticação e impacto, procure por este álbum e saborei-o com um belo drink.

Ouça “King Me” pelo Spotify.

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