É curioso. Afinal, enquanto existe um quê de misticismo transpirando de uma atmosfera desenhada através de uma sonoridade inicialmente sintética, a canção vai se embrenhando poela paisagem do pop ao passo que sepermite experimentar nuances sensuais que tornam a sua desenvoltura mais macia, fluida e fresca.
Assim que o primeiro verso se inicia, o que não tarda a acontecer, a faixa passa a ser guiada por uma voz feminina de timbre grave e levemente fanhoso. Vindo de Ché Aimee Dorval, esse timbre é observado entre rompantes que mostram não tão somente maiores extensões vocais, mas, principalmente, a consciência e o domínio que a cantora tem de seu próprio dom.

Por meio dele, inclusive, ainda que a canção se desenvolva de tal modo que enalteça sua natureza etérea através de uma mistura estética entre trip-hop, art-pop e um sereno toque de eletrônica, Ché vai inserindo nuances de urgência que tornam a canção chamativa. Imponente.
Mesmo que bebendo de uma boa dose de dramaturgia, Joyride se configura como uma espécie de autobiografia sonora que destaca a aquisição de uma alforria que permite à cantora expor suas ideias e posicionamentos sem medo de qualquer represália sócio-moral que, por ventura, venha a receber. A faixa, portanto, é sobre dizer não em meio a situações bruscas e a não se desculpar por se impor quando necessário.
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