Não há quem tenha vivido os bailes da época de 80 e 90 e não se lembre de “Spring Love” ou “Because I Love You”, ou que até hoje não vibre quando começa o “Rap do Silva”. A boa notícia é que o funk das antigas está mais vivo que nunca e dessa vez, com um feat que resgata a essência do ritmo que embalou as melhores festas do país. Bob Rum e Stevie B se encontram em “A Nossa Bandeira”, ainda sem data oficial de lançamento, mas que já vem bombando nas rádios.
“O funk está sempre se atualizando e é necessário acompanhar do nosso jeito. Quando escrevi a música, não imaginava que teria o prazer em ter o Stevie B no feat. Queremos trazer de volta a verdadeira bandeira do funk, o que pra mim será sempre motivo de orgulho e felicidade”, afirma Bob Rum.
Coração brasileiro
Com mais de 35 anos de carreira, Stevie B é uma referência para o mundo todo quando o assunto é funk melody. Mas no Brasil, o estrelato do artista rompeu barreiras e fez com que o país ganhasse destaque para Stevie. “É incrível e uma benção ter a carreira reconhecida em tantos países, é como a cereja do bolo. Mas o Brasil me tocou mais do que vocês podem imaginar, me fez reconhecer o meu destino”, conta.
O astro de “Spring Love”, que já passa longas temporadas em terras tupiniquins, declara inclusive que pensa em criar raízes por aqui. “Eu poderia ter uma carreira no Brasil. É de fato o lugar que eu adoraria passar o resto da minha vida”.
Parceria antiga
Para Bob Rum, a relação com Stevie vem desde cedo, e revela que se tornou MC após conhecer o trabalho do americano. “Meu primeiro contato com o funk foi com as músicas dele. Tive bandas de rock, pop, pagode, gospel, mas depois de ouvir ‘Spring Love’, foi paixão à primeira ‘ouvida’, (risos)”.
Alguns anos depois, Bob foi convidado para participar da turnê de Stevie no Brasil, “O Baile dos Sonhos”. “Estando em todos os eventos que o mestre fazia, a admiração e o respeito só aumentou. É uma honra ser fã, parceiro e amigo. Nossa ligação é tão surreal que ao mesmo tempo que o Stevie escrevia seu novo trabalho nos USA, eu escrevia “A Nossa Bandeira” aqui, e ambas falam da mesma coisa, tem o mesmo sentido e a mesma proposta”.
Sucesso e referência
Mesmo sem o lançamento oficial, “A Nossa Bandeira” já está bombando nas principais rádios do país. “Já tem milhares de adeptos, inclusive mcs e a garotada da nova geração. Saudosistas das letras que emocionam estão divulgando a todo vapor. Nossa perspectiva é que bem trabalhada, a música será o novo hino do funk”, conta Bob Rum.
Ainda sobre o impacto do single e da busca pela essência do funk, Bob afirma que o melody está eternizado e a nova música vem para fomentar isso. “O funk é uma metamorfose ambulante. Mas é inegável que depois de tanto tempo, não existe uma boa festa que não termine com os clássicos que romperam a barreira lógica de uma música da moda. Estão eternizadas”.
Com a carreira consolidada, o funkeiro diz que apesar do crescente sucesso da canção, não está preocupado com o resultado. “É a realização de um sonho. Independente do resultado, foi a cereja do bolo da minha carreira. Cumpri a missão e me sinto totalmente realizado com essa honra”.
Música boa e alegria
Levando o “Baile do Silva” para todo país e exterior, Bob, assim como Stevie, segue a carreira e afirma que o funk melody é uma grande aposta. “O público está aí, os bailes à moda antiga movimentam milhares de pessoas a cada fim de semana. O espaço sempre esteve aqui, basta ver as festas em que todos entoam os clássicos a plenos pulmões. As quadras, campos e eventos arrastam multidões. A questão não é mais crescer, mas trazer o holofote ao que já vem acontecendo há décadas: música boa e alegria”.
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