A paisagem é chuvosa. Portanto, todo o gramado e as colinas, vistas com dificuldade por entre as nuvens, estão com sua superfície úmida. Evidenciando, assim, certo grau de melancolia sendo difundido através das brisas frias que vêm do horizonte, a canção acaba chamando a atenção pelo seu charme bucólico alcançado por meio de uma desenvoltura melódica amaciada e minimalista.
Entre o frescor choroso do violão, a lamúria desalentada da guitarra lap steel acaba, sozinha, contaminando em demasia toda a energia da atmosfera. Dentro dessa simples e delicada beleza estética, existem lágrimas ácidas e corrosivas que vêm de cicatrizes ainda não tão estancadas, o que dá brecha para que novos rompantes de dor surjam no decorrer do caminho.

Quando uma voz masculina grave e de base nasal entra em cena, a canção tem mais um bom motivo para ser definida como um produto triste. Afinal, a interpretação lírica assumida por Dylan Scott faz da obra um material choroso e dilacerante. Quase como se estivesse imerso em solidão, o personagem lírico se vê diante de uma angústia iminente que tira a sua racionalidade. Com tal arranjo melódico-sensorial, I Hate Whiskey funciona como uma tentativa de escapar das lembranças de um amor perdido e, portanto, se ver livre da dor pulsante que vem com o arrependimento.
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