Não existe dúvida ou qualquer razão que leve a um questionamento plausível a respeito da temática rítmica da canção. Afinal, desde seu início imediato, ela desfila uma vivacidade contagiante ambientada em um cenário sertanejo sem tanto senso de bucólico. Ainda assim, através da desenvoltura da guitarra, é possível, sim, sentir o aroma fresco do campo purificando os pulmões enquanto o calor do Sol aquece em demasia a pele nua do rosto como um chamado à vida.
Criando uma espécie de sinergia afiada para com a delicadeza denotativamente fresca do violão, a guitarra acaba sendo, invariavelmente, o instrumento que, ao menos de início, carrega a alma da composição. Ainda assim, é incontestável que também a levada trotante da bateria consegue encapsular essa atmosfera contagiantemente campestre.
Agraciada por uma cama harmônica de pronúncia terna graças ao sonar adocicado e gentil do teclado preenchendo os espaços restantes, a obra, assim que o primeiro verso se instaura, passa a explorar outro espectro sentimental. Por meio do timbre levemente nasal de Kalyn Beasley, é interessante notar que, a interpretação lírica por ele adotada consegue disseminar um curioso e agradável senso de nostalgia.
Entre o folk e o blues, Goodbye BYU se arregimenta como uma canção de fato nostálgica. Afinal, quanto mais se desenvolve, mais ela escancara um lirismo em que se captura a reflexão do efeito do tempo na vida de uma pessoa jovem. Porém, essencialmente a obra tem, como propósito, capturar o instante em que o indivíduo questiona as regras e se lança busca de seu próprio destino.
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