Gethyn Jones lança a versão sonora de seu romance “Fatal Equation”, em um projeto ousado

Este é um grandioso projeto do ex-apresentador de rádio e TV Gethyn Jones, que escreveu o romance “Fatal Equation”, onde descreve a história do compositor Ali Kurmi e Laura O’Brien. Gethyn, no entanto, registrou dezoito trilhas sonoras para este livro com a banda Coolstar, e são sobre essas músicas que falarei a seguir. O álbum começa com “How Could I Be So Wrong?”, com por Liam Wakefield e Lily Garland como convidados. Essencialmente, o disco segue a linha do pop e do rock como mostram músicas como “Lavender”, que tem participação direta de Nick Bowen, o engenheiro de som que ajudou Gethyn a construir esse projeto.

Algumas músicas como “Alright”, que tem a participação de Phil Cottrell, seguem uma linha mais emotiva com grandes arranjos de metais e uma gostosa melodia. Lembrando que, em cada música há sempre um convidado em dueto com a Coolstar. Na faixa título, por exemplo, é difícil não se emocionar com o estilo melancólico de Erin Newman, que solta a voz de maneira única e acalentadora. O trabalho de arranjos também faz um plano crucial à melodia da música, a deixando muito mais suave e de uma textura líquida aos nossos ouvidos.

Em “Keep Walking”, o estilo meio pop, meio country traz de volta o cantor Liam Wakefield em cima de uma cama sonora agradável, formada por uma musicalidade ímpar, puxada por pessoas escolhidas a dedo para o Coolstar. Dessa maneira, é impossível contestar a qualidade de cada obra relacionada neste álbum. Obras como a épica “Homeland” puxada por Alan Finlan e a já citada Erin Newman, que transforma qualquer música que participa em uma trilha sonora de cinema, de proporções hollywoodiana. Nesta música, no entanto, também se destaca a execução empolgada com ótima cozinha e um belíssimo solo de guitarra proporcional ao clima.

“Fatal Equation”, cujo album foi gravado no Quay West Studios em Hampshire (ING), possui músicas mais dançantes como “Healer” que é bem interpretada por Paige. A canção traz uma sensação de paz e divertimento, com sua estrutura alegre. Imagine você de mãos dadas com a pessoa que ama correndo em um campo. Seguindo o mesmo conteúdo musical, “Living In The Now” também é uma música alto-astral e sensação que ela causa é de positividade e intensa alegria. Aqui temos mais um brinde ao produtor Bowen, que arrumou tudo no estúdio que fica em uma igreja.

A mesma Erin Newman, que até aqui já embalou a sonoridade do disco com duas canções incríveis, retorna em “May December” com um alcance inacreditável de voz, acompanhada de um saxofone sempre recheado com uma bela melodia. É preciso dizer que os músicos da banda já obtiveram grandes reconhecimentos na cena musical em outras bandas. Isso explica a qualidade das músicas dentro de cada estilo, como o hard rock de “It’s A Mess”, conduzido por Alex Larke e seu vocal despojado. A música possui um riff muito legal e uma pegada clássica, bem à escola do rock’n’roll dos anos setenta.

Entre os músicos presentes no álbum, estão Mike Hugg do Manfred Mann, Ian Duck colaborador de Elton John e Graham Preskett, um brilhante arranjador. Desse jeito, já se deduz que canções como “I’m Waiting For Midnight” são feitas sob medida com muita perfeição, ainda mais com a bem-vinda interpretação de Ian Bartholomew. E o que dizer de “I’m Back”? Este é outro tema rocker cantado pela potente voz drive de Liam Wakefield. O cantor que possui um estilo híbrido de Robbie Williams e Jon Bon Jovi, é tão talentoso quanto os próprios. Nesta música, que ocupa um pouco mais de peso, consegue se superar.

A sessão alegre está de volta com “Dancing In The Light”, uma música com cara das canções house dos anos noventa. Seu estilo pop caiu como luva na execução de Wren. Aqui, alguns elementos eletrônicos inserem charme na instrumental, e a harmonia flui tão bem quanto o balé gerado pela melodia. Na mesma sessão rítmica está “My Place Is Your Place”, com batidas cativantes e condução de Ryan Butterworth. Com arranjos suaves, ótimas execuções de backing vocals, a música ecoa em nossos ouvidos carregando na melodia muita satisfação. E sim, consegue não apenas satisfazer, como hipnotizar.

Na sequência, “Ozone” chega com ritmo de guitarras setentistas e um ótimo groove para a melodia ficar conforme a proposta. A seguinte, “When You Walk In” é mais um presente de Erin Newman que, para mim, já é a melhor cantora convidada. Mas as coisas tomam outro rumo com a cativante “The Longest Summer” com Paige mais uma vez dando o ar da graça. Por fim, Bowen põe a cereja do bolo com “Paradise”, uma canção épica com mais de seis minutos de duração. Ouvir este álbum da Coolstar composto por Gethyn Jones nos causa muita vontade de ler o seu livro, pois acredito que “Fatal Equation” literário é tão encantador quanto o musical.

Confira “Fatal Equation” (álbum) pelo Soundcloud.

Para saber mais sobre o artista e escritor, acesse o seu site oficial:

https://gethynjonesauthor.com

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