Florent Lelong lança o álbum “Constellations” totalmente inspirado pelas estrelas

Se você é uma pessoa que curte novas experiências musicais, então curtirá o primeiro álbum de Florent Lelong liberado nas plataformas digitais, chamado “Constellations”. Esse músico francês inseriu nesse projeto oito músicas com o mais puro experimento eletrônico, mas não é só isso; como todo artista independente o cara além de compor cada peça, também produziu e trabalha pessoalmente na publicidade. Dessa maneira, temos aos nossos ouvidos um item orgânico, ainda que eletrônico, e modelado com extrema delicadeza. “Estou colocando meu coração em cada etapa deste processo”, contempla Florent que, antes desse lançamento, soltou outros trabalhos com nomes de constelações.

Em 30 de agosto de 2024, o single “Pegasus” que abre a relação de músicas desse álbum, estreou. Ao abordar o estilo de Florent com mais profundidade, notamos a essência ambiental em sua obra. Entretanto, o ‘ambient sound’ praticado pelo francês não converge com os tradicionais sons de natureza ou abstrações sonoras. Por analogia, aqui o sintetizador é o pincel, nossos ouvidos a tela e Florent o pintor. Dentro dos artifícios eletrônicos, a textura sensorial de Florent reforça uma ideia de descoberta interior, liberdade e autoconhecimento. Essa primeira música é tão complexa quanto as demais, mas nela existem boas orientações sonoras.

O segundo momento do álbum se chama “Orion”, que promove o equilíbrio entre a serenidade e intensidade. As sensações advindas dessa música estabelecem uma jornada sensorial moldada no cosmos. Suas batidas suaves corroboram para uma atmosfera bela e performática, pois suas construções harmônicas atendem a um conceito progressivo e imersivo. Esse que foi mais um single que fez o pré-lançamento do álbum “Constellations”, é mais uma amostra da delicadeza de Florent ao retratar os mistérios do espaço em forma de som. “Orion” também é um exemplo de alternância entre calmaria e pulsação dentro do pop sintetizado ou som ambiental.

Para fechar a trinca que promoveu esse álbum completo em fase de pré-lançamento, o repertório chega em “Gemini”, que é uma das execuções de “Constellations” cuja duração fica em torno dos quatro minutos. Devido a esse padrão, o primeiro single lançado para essa campanha não satura a nossa audição, embora suas melodias se baseiem na complexidade. Como parte de uma família, a música atende aos temas propostos por Florent na nomenclatura e na sonoridade. Outra coisa que se atribui ao perfil artístico do compositor é a personificação de títulos épicos e cinematográficos, como as próprias características de “Gemini” se encaixam.

O próximo destaque de Florent vai para a Constelação de Cisne e, aqui, começa de fato a sessão de músicas inéditas do disco “Constellations”. Sobre “Cygnus”, trata-se de uma melodia, cuja energia envolvente abraça o nosso ser como uma espiral rodeando o corpo. As captações dessa música são amplas, nos dando ideia de expansão e visão do há além horizonte. Em um contexto mais filosófico, essa execução pode buscar ao longe respostas que você tanto procura, é só se deixar guiar por sua aura transcendental. Não tardará e, você, logo sentirá dentro de si caminhos se abrirem a muitas resoluções.

Na sequência, se apresenta algo que podemos definir como a música mais dançante do repertório. “Draco” é exatamente isso, uma seção mais balanceada do álbum das constelações. Dentro do tema, o título refere-se à Constelação de Dragão que paira ao norte do hemisfério com formato de serpente. Na música, Lelong buscou versatilizar mais o seu estilo, abrindo mão dos climas épicos para andamentos acelerados e, com isso, conseguindo dinamizar mais a melodia. Diferente das demais, “Draco” segue uma desenvoltura new wave com acordes mais curtos e atmosfera dark. Fãs de bandas como Depech Mode, Erasure e New Order se sentirão à vontade com isso.

Em seguida, “Taurus” chega detonando peso e tensão, como o próprio nome da constelação sugere. Essa também possui peculiaridades, como uma base em loop e um protagonismo evidente da sensação de mistério. A atmosfera como sempre introspectiva e envolvente, em “Taurus” possui uma espécie de reforço que nos chama atenção pelos graves. Talvez isso seja fruto da ideia do enredo que venera uma representação cuja força bruta é o que melhor define um taurino. Não seria viável, nesse caso, arranjos festivos. O que essa música faz mesmo é nos arremessar para dentro de nosso próprio íntimo.

Seguindo uma premissa mais intimista ainda, “Lyra” se ergue de efeitos uníssonos do sintetizador para então ganhar ramificações. Ao longo da música, mais efeitos aparecem deixando a música polivalente e multifacetada. Clima suave e introspectivo são suas principais características. Por último, a música “Andromeda” fecha o baile cosmonauta com um arranjo hipnótico, épico e surreal como uma dança da Aurora Boreal. Ao final dessa audição fiquei a me perguntar: será este o começo de um novo estilo musical? Será que Florent Lelong é um pioneiro por trazer algo tão específico para a arte da música? Só posso dar a certeza de que essa foi uma das minhas melhores experiências.

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