Em outubro, depois de ser internado, Erasmo Carlos, nosso Tremendão, chegou a ter sua morte anunciada por muitos nas redes sociais, mas foi um, àquele momento, felizmente falso sinal. Parecia que ele deveria aguardar a premiação do Grammy Latino pelo álbum “O Futuro Pertence À… Jovem Guarda” na categoria de Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa, que arrebatou há menos de uma semana.
Mas, dessa vez, infelizmente, a morte de um dos maiores ícones da música brasileira foi confirmada. Aos 81 anos, o cantor, compositor, ator e multi-instrumentista morreu nesta terça-feira, 22 de novembro, no Rio de Janeiro. Ele chegou a ser internado no hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, mas não resistiu.
Foi no mesmo hospital que Erasmo tratou uma infecção pulmonar no começo do mês. Ele passou por um quadro delicado de saúde de síndrome edemigênica, e precisou cancelar duas apresentações na cidade de Miami e Orlando. A época, no dia 2 de novembro, o cantor postou nas redes sociais: “Ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e se torceram pela minha recuperação…”
O Tremendão, apelido que ganhou por vestir-se com a grife de produtos para a juventude (calças, coletes, chapéus, etc) nos anos 60, foi um dos pioneiros do rock brasileiro e ficou conhecido também por sua parceria com Roberto Carlos. Ele deixa um grande legado para a música no Brasil. Foram 50 anos de estrada, mais de 500 canções e muitos sucessos, como “Além do Horizonte”, “É Preciso Saber Viver”, “O Bom” e em parceria com o rei, a romântica “Detalhes”, que atingiram e ultrapassam diversas gerações.